O conselho de segurança da ONU reuniu as maiores potências do mundo nesta semana para discutir e pôr um termo ao caso Venezuela, onde a crise política se arrasta a passos acelerados, mas, sem desfecho previsível.
Os EUA e outros países que compõe o bloco do Rei do Sul não aceitaram os resultados das eleições Venezuelanas e apoiaram a autoproclamação do “presidente” interino Juan Guaidó. A União Europeia deu um ultimato ao governo de Nicolás Maduro de 8 dias – a contar de sexta-feira (25) - para que sejam convocadas novas eleições.
Maduro se defendeu: "A Europa comete mais uma vez um erro em relação à Venezuela. Eles ignoram nossa história, apesar dos 200 anos da nossa liberdade. Estamos orgulhosos de nossa liberdade, temos o sangue dos nossos libertadores. Os países europeus devem renunciar a seu ultimato, ninguém pode se atrever a fazer-nos ultimatos", declarou Maduro em uma entrevista ao canal turco da CNN.
O presidente venezuelano declarou que o presidente estadunidense, Donald Trump, subestima a Venezuela, a América Latina e o resto do mundo.
Na ONU, o clima é de tensão. Líderes dos países mais poderosos do mundo querem uma solução rápida para a situação na Venezuela, mas, a troca de acusações entre potências a favor e contra a Venezuela impedem que as coisas por lá se desenrolem. A Rússia foi taxativa em dizer que os EUA criaram uma crise política na Venezuela para, por fim, darem mais um golpe de estado e se apossarem das reservas de petróleo venezuelanas, que são as maiores do mundo.
A Rússia e a China, os principais aliados do regime chavista, deram seu forte apoio a Nicolás Maduro e advertiram os EUA que se oporão a uma “intervenção militar” para apoiar Guaidó. Moscou demonstrou forte apoio público a Maduro, que definiu como “parceiro estratégico”, e deixou claro que o apoiará. O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, falou em “pseudogolpe apoiado por líderes de vários países”. “Ninguém tem o direito de depor o chefe de Estado com métodos ilegais”, disse o líder da Rússia, que se colocou à frente do bloco de países — além de China, Turquia, Bolívia, Nicarágua e Irã — ao lado de Maduro.
Ao que se pode ver claramente, Juan Guaidó é um ponta de lança dos EUA e seus apoiadores para dá um golpe mortífero no pulmão do Rei do Norte. A situação é bastante tensa e preocupante. Pelo tom das palavras da Rússia, caso os EUA e seus aliados invadam a Venezuela, haverá conflito entre essas potências.
O Brasil, que já está dividido, já declarou apoio aos EUA. Sendo vizinho dos venezuelanos, o país é um ponto militar estratégico para os americanos, em um possível combate com a Venezuela e seus poderosos aliados. Mas poderá haver consequências. De acordo com vídeos ameaçadores que circulam pela internet, a Rússia ameaça bombardear todas as hidrelétricas brasileiras para deixar o país às escuras, caso o Brasil dispare um único tiro contra a Venezuela.
A troca de empurrões entre esses dois reis atualmente é um cumprimento profético de arrepiar. Está acontecendo. Nós estamos vendo, testemunhando com os nossos próprios olhos. Muito se especula do que ainda poderá acontecer este ano no cenário mundial. É esperado que, ainda em 2019, as nações se reúnam em um acordo global de paz e segurança. Resta-nos esperar para vermos.
Agência Indicatu – SP/BR – 27/2019
Texto: Da redação