O presidente do Peru, Pedro Castilho, usou rádios, TVs e as redes sociais para anunciar a dissolução do congresso peruano e a instalação de um estado de exceção nesta tarde de quarta-feira (07), onde pretende, com a consumação do ato, governar por decreto até que novas eleições sejam realizadas. Pedro Castilho contesta os resultados das últimas eleições e alega perseguição do congresso que, segundo ele, o tem impedido de governar. Inclusive, o anúncio de Castilho foi feito momentos antes de uma nova votação que pede o impeachment do presidente peruano.
A mídia do país caracterizou o ato de Castilho como ‘golpe de estado’, uma vez que não há dispositivos constitucionais que embasem esse ato. A medida tomada pelo então presidente do Peru prevê ainda um toque de recolher a partir das 22h até as 4h. Dentre os órgãos públicos do Peru que serão afetados com a decisão de Castilho estão o Judiciário, o Ministério Público, o Tribunal Constitucional e o Conselho Nacional de Justiça. Todos esses órgãos, segundo Castilho, serão “reorganizados”.
Castilho é alvo de investigações pela Procuradoria Geral do país onde é acusado por suspeita de corrupção envolvendo a concessão de obras públicas. Ele nega as acusações.
