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Pesquisa: para 96%, Lava Jato deve continuar 'custe o que custar'

O instituto entrevistou 1.200 pessoas em 72 cidades brasileiras.

Autor Operação Lava Jato. Foto: Reprodução.
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No centro de crise entre os Poderes, a Lava Jato é defendida por 96% dos brasileiros, que afirmam que a operação deve "investigar até o fim custe o que custar", mostra pesquisa do Instituto Ipsos divulgada nesta sexta-feira (2).

O instituto entrevistou 1.200 pessoas em 72 cidades brasileiras entre 1º e 13 de novembro de 2016. Em janeiro, a mesma pesquisa havia mostrado que 90% apoiavam irrestritamente a ação da Lava Jato.

Os resultados da pesquisa mostram ainda que caiu o percentual de pessoas que acham que a operação está piorando a situação econômica e de desemprego no país: em janeiro, eram 46%. Em novembro, 35%.

Além disso, em janeiro, aponta a Ipsos, 81% dos brasileiros achavam que a Lava Jato deveria continuar seus trabalhos independentemente de trazer instabilidade política. No mês de novembro, 94% querem que as investigações continuem apesar de provocar turbulências. Já para 91%, ela deve continuar mesmo que traga instabilidade econômica, contra 79% em janeiro.

A pesquisa também mostra percepções que se mantiveram estáveis ao longo do ano: para 82% dos brasileiros, a Lava Jato está "mostrando que todos os partidos são corruptos". Apesar disso, 72% acreditam que o PT é mais corrupto que os outros, e 84% afirmaram acreditar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou dos esquemas.

No entanto, 51% dos brasileiros acreditam que Lula não será preso. Segundo os dados, 66% associam a corrupção descoberta na Lava Jato ao Partido dos Trabalhadores, 18% dizem não saber a que partido associá-la.

O ex-presidente é réu, desde outubro, sob acusação de corrupção, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e organização criminosa por favorecer a Odebrecht.

A Justiça Federal do DF aceitou, em setembro, denúncia contra o ex-presidente sob acusação de lavagem de dinheiro e corrupção no caso do tríplex de Guarujá e da Justiça do Paraná, em julho, aceitou denúncia contra o petista e mais seis por tentativa de obstruir a Lava Jato.

Ele também é investigado por reformas em sítio em Atibaia (SP) e em piscina no Palácio da Alvorada. O ex-presidente nega todas as acusações contra ele.

Apenas 7% afirmaram ligar os esquemas descobertos principalmente ao PMDB, partido do presidente Michel Temer e cujos políticos, como o ex-deputado Eduardo Cunha (RJ) e Sérgio Cabral (RJ), protagonizaram parte dos mais recentes desdobramentos da operação.

Além destes, nomes fortes do partido, como Romero Jucá (RR), Edison Lobão (AM) e o próprio Renan Calheiros (AL), presidente do Senado, são investigados pela Lava Jato.

CRISE

A Lava Jato está no centro de uma crise entre os Poderes Legislativo e Judiciário desde que deputados aprovaram, na madrugada de quarta-feira (30), emendas que desfiguraram o pacote de dez medidas proposto pelo Ministério Público Federal para o combate à corrupção.

O juiz federal responsável pela operação, Sergio Moro, foi ao Senado nesta quinta-feira (1º), defender o pacote e criticou o projeto de abuso de autoridade, redigido pelo próprio Renan, e discutiu com senadores.

Na quarta-feira, os procuradores da Lava Jato ameaçaram renunciar coletivamente caso a proposta entre em vigor. Com informações da Folhapress.

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