A morte do general iraniano Qasem Soleimani, estopim que deixou o mundo em alvoroço logo nos primeiros dias de 2020, mais parece um pretexto para uma escalada de paz mundial do que um o início de um levante armado entre as nações. Fazendo uma análise do contexto político atual, é possível entender as razões que levaram ao assassinato do general iraniano.
Quando se mata alguém desta categoria, o que se busca na verdade é o alcance de algo maior, ou, pelo menos, ter a “aprovação ou o consentimento” ‘social’ para que este “bem comum” seja alcançado, posto em execução, tornado real, materializado.
Do ponto de vista do governo americano, Soleimani era a última ameaça à paz no oriente médio, uma espécie empecilho que precisava ser contido, combatido, para que os ideais políticos norte-americanos fossem implantados naquela região e, não só ali, mas no mundo inteiro. Tamanho o poder de alcance geográfico do exército americano, a ideia a ser transmitida ao mundo é a de que os Estados Unidos têm poder de ação “ilimitados” e são capazes de conseguirem o que querem, e para isso não medem esforços e não desistem até o terem conseguido.
Eliminar alguém como Qasem Soleimani é um feito poderoso para qualquer candidato à reeleição do governo dos Estados Unidos, mas não tanto quanto foi o impacto do feito de Barack Obama em maio de 2011 quando mataram Osama Bin Laden. A frase dita pelo então presidente Obama na época: “Senhoras e senhores – Pegamos ele”, em referência à morte do suposto terrorista, praticamente reelegeu Obama à presidência dos EUA em 2012, mantendo o candidato no poder por mais 4 anos. O artifício do presidente Obama só surtiu efeito por causa do ódio dos americanos à Al Qaeda dirigida por Bin Laden, suposto autor do “ataque” às torres gêmeas em 11 de setembro de 2001. Estimulados pelo ódio e aversão ao terrorismo, a reeleição de Obama à presidência era uma espécie de bônus, um gesto de gratidão dos americanos pelo ato corajoso e honroso do presidente por ter “lavado a honra” dos americanos, vingando a morte dos milhares de inocentes do “atentado” de 19 anos atrás.
Por outro lado, o estratagema de Trump nesta mesma linha, agora no começo de 2020, não surtiu tanto efeito assim, pelo menos por enquanto. O esquema puramente político está seguindo por outro caminho, mas com o mesmo fim. Para reeleger Trump será preciso algo mais forte, convincente, capaz de movimentar não só os Estados Unidos, mas também o mundo inteiro. O que se vê no cenário político mundial no momento não é uma simples campanha de reeleição de um presidente americano, mas uma provocação para ação mentora de um órgão que tem como função manter a paz mundial, mas que parece estar dormindo ou mergulhado em um abismo de inatividade onde seus princípios, juramentados por escrito por líderes mundiais, não estão sendo levados a sério por estes que compõe tal bloco de nações. Como a razão para a reeleição de um presidente com uma imagem desgastada por uma série de envolvimentos em atos suspeitos e duvidosos como Donald Trump é fraca até esse momento, o que se seguirá nos próximos meses irá alavancar a popularidade de Donald Trump perante o eleitorado americano, garantindo-lhe sua estadia no governo por mais quatro anos.
Com a eliminação da “última ameaça” à paz, o caminho está aberto para que os protocolos de paz e segurança mundial começem a partir de fevereiro deste ano (20). O Brasil irá sediar entre os dias 5 e 6 de fevereiro uma de uma série de eventos que tem como objetivo estabelecer um acordo sólido de paz mundial entre as nações. De acordo com as informações, tal acordo também terá a participação maciça da religião com eventos que duram entre abril e maio deste ano.
Agência Indicatu – SP/BR – 12/2020
Texto: Da redação