A doença de líquido grosso, amarelo ou esverdeado, que escorre dos órgãos genitais e provoca dores ao urinar, infecção anal, infertilidade e sangramento no período entre as menstruações, “ganhou” uma nova versão resistente a antibióticos e está causando forte preocupação a profissionais de saúde que estudam a doença na Europa.
Segundo matéria da BBC, duas mulheres britânicas foram infectadas com a doença após se relacionarem com parceiros sexuais, sendo que uma delas contraiu o vírus no continente europeu e a outra dentro do próprio Reino Unido.
As mulheres foram curadas da doença, mas, segundo os pesquisadores, o vírus mostrou-se resistente ao procedimento padrão de combate à DST usualmente aplicado em pacientes vítimas de infecções do vírus do tipo comum.
As estimativas são de que o vírus irá se espalhar globalmente e os maiores focos de contração da doença podem estar no Reino Unido e na Europa. Porém, segundo Nick Phin, da Public Health England, (agência vinculada ao serviço de saúde do Estado britânico) ainda não é seguro afirmar categoricamente onde está o foco da nova doença. "Na verdade, isso traz a mensagem de que estes organismos vão se espalhar globalmente e você pode contraí-los no Reino Unido", destacou. Visto que os pesquisadores que estudam os casos não conseguiram contato com os parceiros das mulheres infectadas, é difícil dizer com precisão qual é a fonte do vírus.
Segundo o Ministério da Saúde, até o momento não há registro da supergonorreia no Brasil. No entanto, por ano cerca de 500 mil casos de gonorreia comum são registrados, embora estes não sejam de notificação obrigatória no país. As estatísticas apontam que as taxas de contaminação aqui no Brasil estão em torno de 1,4% da população entre 14 e 49 anos.
De acordo com a pasta brasileira, em casos de contaminação comprovada, recomenda-se a busca pelo serviço público de saúde. O tratamento é gratuito e se estende também aos parceiros sexuais.
Agência Indicatu – SP/BR – 14/2019
Texto: Da redação
Fonte: BBC