Seleções chutam bola enquanto a Rússia chuta 175 mil civis inocentes do próprio país
Perseguição é a primeira do tipo depois da inquisição católica
Enquanto o mundo inteiro se diverte vendo a Rússia e demais nações chutarem bola, inocentes estão sendo chutados pela Rússia do seu país. Há quem ache normal sorrir enquanto outros choram, se divertir enquanto outros sofrem, sentir-se bem enquanto seu próximo agoniza e geme, que não há nada de mais ver crianças serem ameaçadas por adultos vestidos de autoridade, idosos serem desrespeitados como se fossem lixo, fazendo-lhes crer que a vida deles não vale nada, que mulheres podem ser privadas de seus lares e familiares por causa de uma crença, que pais de família podem ter sua honra violada na frente de seus filhos, que a sua casa pode ser tomada e dada ao estado. Se eu eu não me incomodo com nada disso e ainda assim sou "cristão", acho que estou pior do que antes de entrar pra igreja.
Roman Markin - Desde 18 de abril de 2018, o cidadão russo de 44 anos, da região de Murmansk, é mantido preso por causa da sua fé
O caso é sério e requer a atenção do mundo porque é a primeira vez na história, depois da inquisição católica, que um estado soberano utiliza de um sistema jurídico “legal” para banir, para caçar, para privar, para cercear, para aterrorizar, para desconstruir a história de dezenas de milhares de pessoas, 175 mil para ser exato, com base em indícios plantados, flagrantemente desmascarados diante das câmeras, e o que é pior, com o apoio da igreja, para “riscar do mapa” do universo teocrático russo um grupo religioso pacífico, calmo e do bem, devido a uma proposital má interpretação literária de artigos, livros e crenças religiosos, enquadrados erroneamente de extremismo religioso pelo entendimento jurídico russo.
Orlândano Sergei Skrynnikov - Vítima de um processo criminal por causa da sua fé
A mensagem é clara e pode ser traduzida, sem medo de errar, da seguinte forma: “Não queremos vocês aqui, vocês, que apesar de serem russos também, não podem estar aqui. Saiam daqui ou mataremos vocês e seus filhos”. Esta é a mensagem que a Rússia tenta camuflar para o mundo. Enquanto isso, a humanidade segue como um perdido solitário sentado no banco de uma praça dando milho aos pombos.
Dimitri Mikhailov – Preso desde o dia 3 de junho de 2018, um residente da região de Ivanovo, Dmitry Mikhailov é mantido por sua fé na prisão
A Rússia intensificou, neste último mês, a pressão nas testemunhas de Jeová, com o objetivo de vencê-las pelo medo e o cansaço. É uma batida após outra nas casas dos cristãos. É um verdadeiro inferno. Sabe o que é ser proibido de orar dentro da sua “própria casa”? Afinal, a Rússia sente-se no direito de dizer qual Deus é o verdadeiro e como se deve adorá-lo, qual o jeito certo e onde deve ser feita a adoração.
Dennis Christensen – Cidadão dinamarquês preso na Rússia desde o ano passado (17) por causa da sua fé
Enquanto nações do mundo inteiro estão dando chutes em um ser inanimado, uma bola, competindo entre si para ver quem é o melhor, quem levará a taça que, nesta copa, foi caricaturada por designers brasileiros como uma medonha caveira em um inferno em chamas, sim, enquanto as seleções chutam uma bola e outra em direção ao gol, a Rússia chuta do seu território 175 mil civis, nascidos no país, da sua terra natal em direção ao asilo estrangeiro, quando não os mandam para as prisões. E o que é mais incrível: Você continua achando que tudo isso é normal!
Para ver as histórias de cada uma das pessoas acima na íntegra direto do site jw em russo, basta clicar na foto.
Agência Indicatu – SP/BR – 11/06
Texto: Da redação