3 milhões de pessoas defecando no deserto por 40 anos e o solo não adubou
Escassez de chuvas e sementes podem ter sido as causas da improdutividade do solo
Depois de ver Faraó e seu exercito morrerem nas águas do mar vermelho, a nação de Israel seguiu seu curso rumo à terra prometida! Essa foi a tarefa dada por Jeová a Moisés há cerca de 3.500 anos. Moisés, um homem idoso de 80 anos de idade caminhou por três dias com cerca de três milhões de escravos libertados até a praia de Nuweiba na Arábia Saudita, limite que demarcava a definitiva separação entre o povo escravizado de Deus e seus algozes da terra do sol.
A partir dali, os Hebreus estariam a apenas um passo para tomar posse da terra da promessa, prometida também por Deus 400 anos antes ao patriarca Abraão.
Mas algo deu errado durante o trajeto. Uma grande revolta do povo contra a liderança designada pelo supremo levou o povo à condenação de 40 anos de peregrinação por um deserto atemorizante e improdutivo.
Eis então o ponto alto desta matéria. Os dejetos humanos e de animais são altamente fertilizantes, tornando o solo apto para o plantio. Tomando como base a tese de que um ser humano comum elimina suas fezes cerca de três vezes por dia, significava que as regiões por onde o grupo passou eram “adubadas”, por dia, cerca de 9 milhões de vezes. Sendo assim, qualquer coisa que se plantasse em um solo desses brotaria sem nenhum problema, tornando aquela região desértica em um verdadeiro Oasis com vegetação frutífera das mais variadas espécies.
Sabe-se também que Deus ordenou a Moisés para que orientasse o povo a cavar um buraco todas as vezes que fossem fazer suas necessidades fisiológicas, enterrando-as em seguida – Deuteronômio 23: 12,13. Isso mostrava a preocupação que Deus tinha para manter o povo limpo e livre de doenças, conferindo a eles dignidade e autoestima.
Mas, por que o solo não produziu? A resposta pode estar em algumas suposições baseadas na alimentação dos Hebreus e até nas queixas e resmungos de alguns escravos libertados.
Maná
Conhecido também como o Pão do Céu, o maná caiu por quarenta anos todas as manhãs, com exceção dos sábados, para alimentar aqueles milhões de pessoas. Para uma planta nascer, sua “semente” deve morrer para germinar. O maná, apesar de ser comparado com “sementes de coentro” por causa do seu aspecto, era um alimento que podia ser comido de qualquer jeito. Era um verdadeiro milagre. Era feito pelas mãos de Deus e não vinha de nenhuma espécie de planta, por isso as fezes não continham sementes que pudessem ser germinadas.
Resmungos
Alguns hebreus se queixaram e até sentiram saudades das coisas que comiam no Egito. Entre os alimentos citados, estavam na lista: Pepinos, Alhos, Alhos Porros, Melancias. Isto evidencia que esses alimentos não existiam no deserto, muito menos suas sementes que pudessem ser plantadas.
A causa
O propósito de Deus para aquele povo não era transformar o deserto em um jardim botânico. Eles estavam ali só de passagem. Por isso, é provável que possa ter havido a interferência de Deus para que aquela região continuasse improdutiva.
O solo hostil também é outra forte probabilidade para a improdutividade da terra. O terreno daquela região é bastante pedregoso, composto de rochas e cascalho. Mas havia locais de terra solta, tanto que os Hebreus conseguiam cavar com um Tarugo para enterrar seus excrementos.
A escassez de chuvas também contribuiu muito para a morte das plantas e vegetação que ensaiasse brotar debaixo de um calor de 40°. À noite caia o orvalho que regava o solo e deixava a terra fresca nas primeiras horas do dia. Isso pode não ter sido suficiente para o cultivo das plantas, mas existia água, mesmo que de forma milagrosa, que podia regar pequenos brotos.
O tempo passou e tudo o que os Hebreus deixaram para trás, além dos “túmulos” de ancestrais insatisfeitos com sua estadia ali, foi um deserto escaldante e de paisagem inalterada, marcado apenas nas lembranças de crianças que nasceram e cresceram naquele lugar que, hora habitado, foi só uma porta de entrada para um mundo novo há muito guardado para ser a materialização de um sonho do Deus dos vales e rochedos, cuja força não há barreiras impossíveis de serem vencidas.
Agência Indicatu – SP/BR – 13/11/2018
Texto: Da redação