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Por que os EUA ainda não atacaram a Coreia do Norte?

União Europeia classifica teste de míssil como “uma ameaça à paz e a segurança internacional”

Autor Foto: Reprodução
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Primeiro, porque os americanos querem reduzir ao máximo a quantidade de baixas na Coreia do Sul, sua principal aliada na península coreana, ao se iniciar uma guerra com a Coreia do Norte. O guarda-chuvas antimíssil implantado na Coreia do Sul pelos EUA já está em funcionamento, afirmou a Casa Branca. O motivo é claro: Em caso de guerra declarada, uma chuva de projéteis não atômicos expelidos pela Coreia do Norte, fatalmente atingirá a Coreia do Sul no coração do seu centro financeiro, Seul, onde a estimativa inicial para a quantidade de vítimas fatais, na sua maioria civis, passa da casa de 1 milhão.

Segundo porque uma guerra com a Coreia do Norte representará um desafeto gigantesco que envolverá a Rússia e a China, aliadas da Coreia comunista. O presidente Vladimir Putin defendeu o lançamento de míssil feito pela Coreia no último sábado (13) dizendo que “não encarava o teste de míssil como uma ameaça à Rússia e que os Estados Unidos, a grosso modo falando, deveria medir as suas palavras à CN, e que, mexer com eles é o mesmo que mexer com a Rússia”. Já a União Europeia classificou o teste como sendo “uma ameaça à paz e a segurança internacional”.

O planejamento estratégico de guerra que está sendo montado pelos EUA mostra inequivocamente que será muito difícil uma possível conciliação com a CN. Entretanto, mesmo que seja impossível um acordo de paz, o rumo dos fatos atestam que o mesmo deve ser feito, ou uma guerra de proporções mundiais poderá ser desencadeada. Voltando no tempo, vê-se que as duas Coreias são como as duas Alemanhas, onde a Ocidental era governada pelos EUA e a sua parte Oriental dominada pela URSS.

A guerra da Coreia na década de 50, ainda nos estágios iniciais da guerra fria, foi encabeçada por essas duas potências, EUA e URSS, onde, no final da guerra, as partes dividiram seus territórios, ficando o Norte para a URSS, atual Rússia, e o sul para os EUA. Vale lembrar que acordos de guerra não são desfeitos e que esses laços ainda são fortes o bastante para fazer com que a força da lealdade surja naturalmente.

Enfim, resta esperar para ver o que o tempo dirá. Todos torcemos para que o bom senso e o diálogo prevaleça e que os senhores da guerra estendam suas mãos em laços de harmonia, paz e segurança para o bem da humanidade.

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Ag. Indicatu – SP/BR – 15/05

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