Sem provas, tribunal russo tenta condenar testemunha de Jeová por quase 50 vezes
A comunidade internacional das testemunhas de Jeová manifesta apoio aos cristãos proscritos na Rússia
O cristão dinamarquês preso na Rússia em 25 de Maio do ano passado (17), Dennis Christensen, considerado pela Comissão dos Estados Unidos sobre a ‘Liberdade Religiosa Internacional’ como “prisioneiro de consciência por motivos religiosos”, já foi ao tribunal em Zhelezdovoroshniy por quase 50 vezes para ser acusado de crimes dos quais não cometeu.
Em todas as audiências em que foi convocado a depor, a acusação até agora não encontrou provas contra o religioso que o incriminasse legalmente. Desde a sua prisão no início do ano de 2017 até este momento, já foram quase 50 as audiências em que Dennis foi intimado a depor ao tribunal - de acordo com informações do site JW - veículo digital oficial das testemunhas de Jeová no mundo. Porém, nenhuma delas incriminou o religioso.
Ao todo, já são 525 dias que a vítima dinamarquesa da intolerância religiosa na Rússia segue detido sem que haja demonstração de vontade do governo russo de voltar atrás da posição tomada de banir do território a organização religiosa sem fins lucrativos e de movimento pacífico.
Em fotos de dentro de uma sala de custódia onde permanecia aguardando a sessão de julgamento, Dennis tirou fotos segurando cartões e desenhos enviados por testemunhas de Jeová da Rússia e de vários outros países, desejando encorajamento ao cristão.
Ainda segundo o JW, o caso de Dennis Christensen ganhou repercussão internacional. Em 21 de Julho de 2017, o Centro Memorial dos Direitos Humanos, em Moscou, concedeu a Dennis o status de ‘prisioneiro político’.
A comunidade internacional das testemunhas de Jeová através do seu veículo digital, site JW, informa que estão orando para que seja feita justiça no caso do religioso, bem como a todas as outras testemunhas de Jeová restritas e em prisão domiciliar que passam por momentos de angústia com a postura intolerante adotada pelo governo russo de perseguir, sem causa, os próprios cidadãos.
Agência Indicatu – SP/BR – 16/12/2018
Texto: Da redação