O apóstolo Paulo estava preso em Cesareia no palácio do governador depois que o sistema jurídico judaico – o Sinédrio – atiçou uma turba violenta para mata-lo enquanto ele pregava no templo. Salvo pela guarda romana, o apóstolo foi mantido preso durante dois anos aguardando a audiência que decidiria o seu destino. Félix, autoridade que governava a província na época desses acontecimentos, mandava que Paulo fosse levado com frequência à sua presença para que ele lhe falasse sobre a crença em Cristo, mas, ao mesmo tempo, esperava que Paulo lhe pagasse propina para soltá-lo. Como isso não aconteceu, Félix o manteve preso por 2 anos até ser sucedido por Pórcio Festo.
Festo, querendo ganhar o favor dos judeus, perguntou se Paulo queria subir a Jerusalém para ser julgado pelo Sinédrio na presença dele. Contestando, Paulo disse a famosa frase: “Apelo para César”. Nesta época, por volta do ano 58 E.C, o César que governava o império Romano era ninguém mais do que o imperador Nero, historicamente conhecido pela sua extravagância, natureza violenta e feroz perseguição aos cristãos. Dizem os relatos históricos que Nero ateou fogo em Roma para culpar os cristãos e intensificar a perseguição a eles. Atendendo ao pedido de Paulo, Festo encerrou o caso dizendo: “Você apelou para César, para César irá”. – Atos 25: 9-12.
Paulo terminou seus dias na prisão após sua segunda e última detenção em Roma e sofreu muito às mãos de Nero. Ao escrever sua segunda carta ao discípulo Timóteo, fica subentendido que o apóstolo estava sendo frequentemente torturado pelos oficiais da guarda antes de ser degolado na prisão. Paulo morreu antes de Nero, que se suicidou no ano 68 E.C quando governadores do império deram um golpe de estado, obrigando Nero a supostamente cometer suicídio.
Agência Indicatu – SP/BR – 07/2020
Texto: Da redação