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Rute – uma história de emprego, bem-estar e recompensa

Rute ganhou emprego e uma grande recompensa em forma de bem-estar por sua grande fé

Rute – uma história de emprego, bem-estar e recompensa
Foto: jw.org - Aonde quer que fores, irei eu

O sistema atual é cruel com as pessoas. Multidões de jovens vagam descontentes nas maiores metrópoles do mundo frustrados, com um diploma  na mão, porque não acham emprego na área de formação. Por isso, muitos partem para a informalidade. Já os mais fracos se jogam nas drogas. Mas o mundo dá voltas. O exemplo de uma mulher do passado vai mostrar que, na vida, sempre há esperança.

A situação anterior é apenas uma das que derrubam o indivíduo. Mas não há dúvidas de que a morte de um ente querido tem um efeito devastador na vida da pessoa. Rute, a personagem bíblica da nossa consideração, passou por isso quando ela perdeu o marido (Rute 1:4, 5). Ela tinha pai e mãe e apropria religião, mas também amava demais a sogra, Noemi, e deixou tudo para trás para ir embora com ela para a terra de Israel e viver como estrangeira (Rute 1:16-18).

Quem já passou pela experiência de se mudar de cidade conhece a dificuldade de se arranjar emprego, ou até mesmo trabalho. Por isso, Rute não ficou parada. Ela correu atrás do sustento:

2 Rute, a moabita, disse a Noemi: “Por favor, deixe que eu vá ao campo e respigue cereal atrás de alguém que me mostre favor.” Portanto, Noemi lhe disse: “Vá, minha filha.” 3 Então ela foi e começou a respigar no campo, atrás dos ceifeiros. Por acaso ela foi parar num campo que pertencia a Boaz, que era da família de Elimeleque.” (Rute 2:2, 3) – TNM 2015.

Vemos aqui que Rute era trabalhadora. O trecho que diz “Por acaso ela foi parar num campo que pertencia a Boaz” sugere que ela pode ter trabalhado em outros campos naquele dia antes de ir parar naquele que pertencia a Boaz. E o esforço dela não passou despercebido:

5 Boaz perguntou então ao servo encarregado dos ceifeiros: “A que família essa moça pertence?” 6 O servo encarregado dos ceifeiros respondeu: “A moça é uma moabita que voltou com Noemi dos campos de Moabe. 7 Ela disse: ‘Por favor, posso respigar e recolher as espigas cortadas que forem deixadas para trás pelos ceifeiros?’ E ela ficou de pé desde que chegou esta manhã; só se sentou agora no abrigo, para descansar um pouco.”” (Rute 2:5-7) – TNM 2015.

Sim, Rute era trabalhadora. Ela sabia das suas necessidades e por isso foi atrás do seu. Ela não fez corpo mole e encarou um trabalho humilde e laborioso, mas digno, e teve sua recompensa; e que recompensa. De início, cumpriu-se no caso dela a verdade bíblica que diz:

18 Pois as Escrituras dizem: “Não amordace o touro quando ele debulha o grão”, e também: “O trabalhador é digno do seu salário.””  (1 Timóteo 5:18) – TNM 2015.

Nesse sentido, podemos aprender mais sobre a culinária e o bem-estar das pessoas daquela época quando Rute foi convidada para a refeição:

14 Na hora da refeição, Boaz lhe disse: “Venha comer pão e mergulhe seu pedaço no vinagre.” Então ela se sentou junto aos ceifeiros, e ele lhe ofereceu cereal torrado. Ela comeu e ficou satisfeita, e ainda sobrou.” (Rute 2:14) – TNM 2015.

Pão com vinagre! Será que cai bem? Rute não reclamou. Talvez ela já estivesse acostumada com aquele tipo de refeição. Havia também “grãos torrados”. Não é dito qual ou quais foram os tipos de grãos, mas ela ficou satisfeita; e ainda sobrou. Isso sugere que Boaz era generoso com os trabalhadores dele. Apesar de ser muito rico, ele não era miserável, e os servos gostavam dele (Rute 2:1, 4). Aqui nós vemos uma combinação perfeita para um importante laço matrimonial que estava a ser formar – amor, zelo, humildade, diligência e riqueza, para citar algumas. A jovem viúva moabita que havia deixado tudo para trás mal sabia o que o futuro tinha em reserva para ela. Rute se casou com Boaz (Rute 4:13). Com ele ela teve um filho, a quem deram o nome de Obede (Rute 4:17). Mas não parou por aí. A vida ainda traria para Rute muitas alegrias. Seu filho tornou-se pai de Jesse. Este se tornou pai de Davi, o famoso rei Davi. Rute se tornou assim a bisavó de Davi. Deste Davi viria um descendente que seria o salvador do mundo inteiro – Jesus Cristo. Rute se tornou, por assim dizer, a mãe de todos os que hão de ser salvos.

Veja que reviravolta teve a vida de Rute. Ela poderia ter tido o mesmo destino da sua concunhada Orpa, que, ao contrário dela, voltou para as coisas atrás (Rute 1:14). Talvez o medo de sair da zona de conforto para ir para um lugar desconhecido aventurar a vida deve ter deixado Orpa paralisada de medo e por isso ela preferiu não arriscar e ficar em sua terra natal. Mas Rute fez diferente. Se ela tivesse ficado parada esperando que tudo caísse do céu sem ter que fazer nenhum esforço, a vida dela teria sido só mais uma entre as muitas de milhões de mulheres da época. Mas ela sabia o que queria e confiava que teria o bastante para ser feliz. Essa certeza vinha da fé em um Deus que até então ela não conhecia, e por isso ela foi recompensada:

“Mas Rute disse: “Não insista comigo para abandoná-la, para deixar de acompanhá-la; pois, aonde a senhora for, eu irei, e onde a senhora passar a noite, eu passarei a noite. Seu povo será o meu povo, e seu Deus será o meu Deus. 17 Onde a senhora morrer, eu morrerei e lá serei enterrada. Que Jeová me castigue, e que o faça severamente, se outra coisa senão a morte me separar da senhora.”” (Rute 1:16, 17) – TNM 2015.















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