Continuam os abusos, repressões, invasões e torturas contra as testemunhas de Jeová na Rússia. Este é mais um relato de um membro da religião que foi sequestrado e torturado por posiciais russos. Enquanto os Estados Unidos se juntaram no último dia 13 com mais 27 países para estabelecer ‘a religião mundial’, órgão religioso que terá como objetivo combater a intolerância religiosa no mundo, as testemunhas de Jeová continuam sendo brutalmente perseguidas e reprimidas com violência por agentes do governo russo.
Segundo as informações, Vadim Kutsenko, 31 anos, foi raptado tarde da noite por policiais na cidade de Tchita, região da Transbaikalia, posto em um veículo descaracterizado e levado para uma floresta onde foi brutalmente torturado pelos agentes. Segundo os relatos da vítima ao site jw-russia.org e publicado também no aplicativo do jw em inglês e português, ele conta que teve os olhos vendados, algemado com as mãos para trás e estrangulado, enquanto outros policiais desceram sua calça e o torturaram com choques elétricos nas regiões interiores das coxas e virilhas. O motivo das torturas, segundo ele, teria sido porque os policiais queriam a todo custo ‘arrancar dele uma confissão’ onde ele se declararia culpado das acusações feitas pelos agentes e para que ele delatasse outras testemunhas de Jeová. Ao se recusar, o religioso foi agredido com chutes nas pernas e outras agressões, antes de começar a sessão de tortura.
Além de Vadim Kutsenko, outras testemunhas de Jeová foram detidas e torturadas, sendo posteriormente postas em detenção. Até o momento, 48 residências de testemunhas de Jeová foram invadidas por policiais e 28 pessoas foram detidas na Transbaikalia. O caso envolvendo os religiosos ocorreu no dia 10 deste mês (02) e é uma sequência da série de represálias aplicadas em uma cidade após outra da Rússia para exterminar a religião do país. As testemunhas de Jeová foram oficialmente banidas da Rússia no dia 20 de abril de 2017, quando o supremo tribunal russo decretou, através de provas falsas plantadas por agentes do governo, que a religião é extremista.
Agência Indicatu – SP/BR – 14/2020
Texto: Da redação