Poucas coisas na vida são tão nojentas quanto matar baratas. Por isso aconselha-se a nunca fazer isso usando uma sandália ou qualquer coisa que esmague o inseto, e a razão para isso é que, ao fazê-lo, as secreções dessa praga, composta por bilhões de bactérias, vermes e micróbios perigosos, ficarão expostos na superfície do piso do seu banheiro, cozinha, pias ou até no fogão. Você “se livra” das baratas, mas, mesmo depois de “mortas”, elas continuam representando perigo para a sua saúde e de sua família. Mas esses não são os únicos motivos que tornam a barata uma criatura detestável. Há quem diga que essa praga consegue sobreviver por dias sem a cabeça e até por semanas, ou meses, sem água. Assim, a lição é que, se livrar de certas coisas na vida não é tão simples. Há consequências. Com Babilônia, a Grande, não é diferente. Veja:
“Depois disso vi outro anjo descer do céu, com grande autoridade, e a terra ficou iluminada com a sua glória. 2 Ele clamou com voz forte: “Caiu! Caiu Babilônia, a Grande, e ela se tornou morada de demônios e esconderijo de todo espírito impuro e de toda ave impura e odiada!” (Apocalipse 18: 1, 2) – TNM 2015.
Percebemos aqui que a condição de Babilônia, a Grande, é bem parecida com a das baratas porque, mesmo depois de ela “cair”, ela segue representando perigo para qualquer indivíduo, pois é dito que, após sua queda, ela se torna “morada de demônios e esconderijo de todo espírito impuro e de toda ave impura e odiada”. Isso responde à pergunta deste artigo, pois, a queda de Babilônia narrada aqui não é a mesma que a descrita em Apocalipse 17:16. Por quê? Porque a queda dela aqui dá a ideia de “continuidade”. Ela cai de uma posição de destaque, mas segue ainda sendo Babilônia, a Grande, porém, não com o poder e a autoridade de antes. A queda de Babilônia que todos esperamos com expectativa será bem diferente dessa aqui de Apocalipse 18:2 porque, quando isso acontecer, não haverá mais abrigo ou esconderijo para os demônios. Eles também serão lançados no abismo e não vão mais ter nenhuma influência negativa sobre a humanidade (Apocalipse 20: 1-3). Assim, pode-se dizer que Babilônia é a velha barata, e os demônios são os vermes, as bactérias e os micróbios perigosos das secreções dela. Considerar isso é importante por causa do que vem a seguir. Veja:
“Ouvi outra voz vinda do céu dizer: “Saiam dela, meu povo, se não quiserem ser cúmplices dos pecados dela e se não quiserem receber parte das suas pragas.” (Apocalipse 18:4) – TNM 2015.
Isso é bem apropriado na época atual porque o endossamento às doenças infecciosas é feito como nunca antes na história. Ninguém quer ficar doente, comendo as comidas horríveis dos hospitais, enclausurado num quarto e envolto num contexto sombrio de incertezas que te conduz à sensação de que cada instante de vida ali pode ser o seu último. Por isso fazemos de tudo para evitarmos as doenças. E não é diferente com a “doença” exposta aqui em Apocalipse 18:4. “Estar lá” em Babilônia significa praticar os pecados que ela pratica; e as consequências disso é compartilhar com os pecados dela, receber as pragas que ela já tem e as outras que ela ainda vai ganhar. Mas não é só isso. É dito que Babilônia é “esconderijo de demônios”. Quem já brincou de esconde-esconde conhece o desafio de encontrar alguém. Um esconderijo não teria sentido se ele não fosse uma proteção para quem faz dele o seu Forte. Por isso você não verá, nem irá perceber, os demônios em Babilônia. Eles se camuflam muito bem, melhor até que os camaleões. Disfarçam com perícia as evidências da presença deles ali. Não é à toa que Babilônia engana bilhões de pessoas (Apocalipse 18:3). Um lugar desses, que serve de abrigo e esconderijo para demônios, seria um que você nunca quereria estar. No esconde-esconde era comum alguns se cansarem de procurar e sair da brincadeira entediados. Já outros nem entravam. O conselho é o mesmo com relação a Babilônia. Quem está lá, deve sair, e quem ainda não entrou, é melhor nem pensar em entrar. Os vermes, as bactérias e os micróbios dela são cruéis e matam sem dó enquanto engam as vítimas fazendo-as sentir que estão saudáveis e felizes. Quem já saiu de Babilônia consegue vislumbrar um horizonte de coisas boas chegando, e é bom nem sonhar em voltar para lá:
“Quando um espírito impuro sai de um homem, ele passa por lugares áridos procurando onde descansar e não acha nada. 44 Então diz: ‘Voltarei para a minha casa, da qual me mudei’; e, ao chegar, acha a casa desocupada, varrida e decorada. 45 Então vai e traz consigo outros sete espíritos, piores do que ele mesmo, e, depois de entrarem, ficam morando ali; e a situação final desse homem se torna pior do que no início. É assim que será também com esta geração má.”” (Mateus 12: 43-45) – TNM 2015.