Casamento no Salão do Reino das Testemunhas de Jeová
As Testemunhas de Jeová seguem critérios baseados nos padrões de Deus sobre moralidade sexual para a realização de casamentos no Salão do Reino. Se um casal deseja se casar nesse local, é necessário que ambos sejam batizados na religião e considerados fiéis praticantes.
Casamento de divorciados
Entre as Testemunhas de Jeová, o divórcio só é permitido se houver base bíblica, ou seja, se ocorreu adultério por uma das partes. Caso contrário, mesmo que a pessoa esteja legalmente divorciada, não poderá casar novamente no Salão do Reino enquanto o ex-cônjuge estiver vivo. Se o divórcio ocorreu por adultério, a pessoa pode casar novamente, mas o casamento ainda pode ser analisado pelos anciãos para garantir que esteja dentro das normas.
Casamento de quem cometeu fornicação
Outro critério importante é a castidade antes do casamento. No passado, qualquer pessoa que tivesse cometido fornicação (relação sexual antes do casamento) era impedida de se casar no Salão do Reino. Com o tempo, houve uma mudança na abordagem:
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Se uma pessoa teve relações sexuais com seu próprio namorado ou noivo antes do casamento, o casal não pode se casar no Salão do Reino.
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Se a fornicação ocorreu com outra pessoa e, depois disso, a pessoa iniciou um novo relacionamento sério e se arrependeu, o casamento pode ser permitido.
A justificativa para essa diferença está na percepção de que, se um casal já teve relações antes do casamento, pode não estar verdadeiramente arrependido. Mas, se a relação ocorreu fora do contexto do relacionamento atual e houve arrependimento, pode-se considerar que a pessoa aprendeu com o erro e está apta a um casamento dentro dos padrões morais exigidos por Deus.
Casamento nas Igrejas Evangélicas
As igrejas evangélicas variam bastante em seus critérios para casamento, mas, de forma geral, são menos rigorosas do que as Testemunhas de Jeová quanto à moralidade sexual antes do casamento. Algumas igrejas podem recomendar que casais que tiveram relações antes do casamento passem por aconselhamento pastoral, mas raramente impedem a realização da cerimônia.
Em relação ao divórcio, algumas denominações aceitam o recasamento caso o casamento anterior tenha terminado devido a adultério ou abandono. Outras, mais conservadoras, desencorajam o recasamento, mas não o proíbem completamente.
Casamento na Igreja Católica
A Igreja Católica recomenda a castidade antes do casamento, mas não impede que casais que tiveram relações sexuais se casem na igreja. Diferente das Testemunhas de Jeová, não há distinção entre se a relação ocorreu dentro ou fora do relacionamento atual. A Igreja vê o casamento como um sacramento e incentiva a confissão antes da cerimônia para que os noivos entrem na união em um estado de graça.
Sobre o divórcio, a Igreja Católica não reconhece um segundo casamento religioso, a menos que haja anulação do casamento anterior. O processo de anulação é um procedimento formal pelo qual a Igreja declara que um casamento nunca foi válido desde o início, devido a fatores como falta de consentimento legítimo, imaturidade, coerção ou impedimentos canônicos. Esse processo pode levar anos e envolve uma investigação detalhada por parte do tribunal eclesiástico. Somente após a concessão da anulação, um católico pode se casar novamente na Igreja.
Conclusão
A moralidade e a castidade antes do casamento são aspectos tratados de forma diferente pelas religiões. As Testemunhas de Jeová seguem rigorosamente os padrões de Deus para determinar quem pode ou não casar no Salão do Reino, especialmente no caso da fornicação. Igrejas evangélicas e a Igreja Católica têm uma abordagem mais flexível, permitindo casamentos mesmo para aqueles que não seguiram estritamente os preceitos de castidade, ainda que incentivem o arrependimento e a confissão antes da cerimônia. No entanto, o ponto central é que Deus se importa muito com a castidade e exige isso dos casais que desejam ter sua bênção no casamento.
