Um documento assinado pelo Papa Francisco e outros líderes das maiores religiões do mundo será enviado à ONU para ser votado. O teor do documento é fruto dos trabalhos religiosos discursados em Astana, Cazaquistão, de 13 a 15 de setembro deste ano, 2022, no VII Congresso de Líderes de Religiões Mundiais e Tradicionais. O evento também passou a ser chamado de “um novo movimento global para a paz”, que foi uma das frases que o presidente do Cazaquistão Kassym-Jomart Tokayev usou em seu discurso de abertura do evento e que, por sua vez, foi bem recebida pelos líderes religiosos que compunham a cúpula. A palavra paz foi a que mais se ouviu em todos os discursos durante os três dias de evento.
“Mas se a paz é mais do que o “frágil resultado de frenéticas negociações” e tem como base um “constante empenho educativo”, então “invistamos, por favor, nisto, não nos armamentos, mas na educação””, pediu o Papa Francisco.
O presidente do México, Manuel López Obrador, que criticou a ONU na semana passada e pediu que o órgão fosse reformulado, está prevendo a criação de um “comitê de mediação” para pôr fim à guerra da Rússia contra a Ucrânia que será composto pelo primeiro-ministro indiano Narendra Modi, o Secretário Geral da ONU Antonio Gueterres e o Papa Francisco. Em entrevista a órgãos de imprensa, López garantiu que o projeto será apresentado pelo primeiro-ministro das relações exteriores do México, Marcelo Ebrard, durante a Assembleia Geral da ONU deste ano, a 77ª edição do evento, que começou pedindo a “transformação do planeta”.
“Vou falar sobre a paz mundial e vou falar sobre a posição do México sobre a guerra na Rússia e na Ucrânia, e vou apresentar uma proposta às Nações Unidas para alcançar a paz”, disse López.
Estiveram presentes no evento em Nur-Sultan (capital do Cazaquistão) mais de uma centena de delegações de 50 países, incluindo o Papa Francisco, o grande imã de Al-Azhar, Ahmad Al-Tayyeb, o rabino-chefe sefardita de Israel, Yitzhak Yosef, e o responsável pelo Departamento das Relações Externas do Patriarcado de Moscovo, metropolita António.
Com informações de: Vatican News, Veja, Sete Margens.