A ideologia extremista escrita em quadros negros da imagem das testemunhas de Jeová na Rússia começa a vazar para países vizinhos e já é sentida por membros do grupo que manifestam sua fé em nações onde a liberdade de expressão e de culto é garantida.
Teymur Akhmedov é uma testemunha de Jeová de 61 anos e foi preso por falar de sua fé para sete informantes do comitê de segurança secreta (KNB), uma agência de inteligência do Cazaquistão. Um juiz da capital do Cazaquistão, Astana, condenou Akhmedov a 5 anos de prisão sendo que, após findar o prazo desta sentença, Akhmedov ficará proibido de expressar quaisquer atividades ideológicas (pregação de casa em casa), segundo determinação do tribunal. Akhmedov está sendo acusado de incitar ódio religioso nos termos do artigo 174 do código penal do Cazaquistão e irá apelar da decisão do tribunal.
Akhmedov é motorista de ônibus no país onde vive, é sexagenário e está com câncer. Está preso desde o dia 18 de Janeiro deste ano (17) e não teve sequer direito a aniversário, até porque sua religião não comemora aniversários natalícios. Mesmo assim, o idoso é mantido preso e alega que vem tendo seus direitos humanos violados ao ser torturado com severos espancamentos na prisão. Akhmedov também se queixa que está sendo proibido pelas autoridades carcerárias de se tratar do câncer e de ler a bíblia dentro da sua cela.
Enquanto isso, o mundo assiste ao que pode ser a mais cruel perseguição religiosa do século 21 sem a intervenção dos órgãos que protegem a liberdade de culto. A perseguição às testemunhas de Jeová parte da Rússia e vem ganhando campos abertos em países circunvizinhos e se alastrando pelo mundo todo. Aqui no Brasil, o grupo continua exercendo suas atividades de forma livre e pacífica.
Ag. Indicatu – SP/BR – 03/
Fonte:
http://www.portal-credo.ru/site/?act=news&id=125595