À luz da bíblia, não é errado. Não só whisky, mas qualquer bebida alcoólica não tem restrição bíblica, desde que sejam tomadas com moderação. O que acontece é que no Brasil, especificamente, as bebidas alcoólicas foram estigmatizadas por pastores evangélicos que impuseram essa restrição a seus membros por conta própria, sem nenhum embasamento bíblico, apenas para satisfazer um preconceito criado por eles mesmos, gerando a segregação de grupos e costumes culturais que fazem uso das bebidas alcoólicas de forma natural e rotineira.
Porém, por causa desse estigma e da consciência fragilizada de pessoas que já cresceram dentro de uma sociedade onde esse preconceito perpetuou-se de tal forma, tem-se a sensação de que, ao presenciar-se um cristão, seja de qual denominação for, ingerindo bebidas alcoólicas ou as comprando em grande quantidade em um supermercado ou loja de bebidas para consumo próprio ou entre amigos, o olhar condenatório e inocente do observador que desconhece a instrução bíblica sobre o assunto acaba gerando constrangimento e desabonando o cristão em sua própria consciência. Por causa desse sentimento “natural”, mas que foi criado por líderes religiosos astutos, alguns cristãos evitam tomar bebidas em lugares ou na presença de pessoas que acham isso errado, apenas para evitar desconfortos desnecessários. No entanto, toda e qualquer condenação quanto ao uso “moderado” de bebidas alcoólicas é de cunho pessoal e não tem base bíblica.
E se eu visse um dos líderes da minha religião comprando várias garrafas de whisky?
Caso isso aconteça, esteja certo de que não é a primeira vez que esse cristão consome bebidas alcoólicas. Nesse sentido, alguns fatores devem ser levados em consideração. Pergunte-se: Já vi alguma vez esse irmão apresenta-se em público ‘embriagado’ na igreja ou em programas de tv? Será que aquelas bebidas não seriam para alguma recreação particular entre ele, familiares e amigos?
E se ele estivesse usando o dinheiro da [igreja] para comprar bebida?
Pergunte-se: Isso é verdade? Será que ele não tem condições de comprar bebidas com o dinheiro dele? Será que essas bebidas não foram compradas com o dinheiro de vários outros cristãos? Será que ele não estava fazendo um favor para seus irmãos, comprando essas bebidas para eles também?
E se ele estivesse comprando essas bebidas escondido para tomar sozinho?
Pergunte-se: Esse pastor mora sozinho, de modo que ninguém saberia, ou o veria entrando com essas garrafas de bebida, mantendo o assunto em segredo?
E se eu filmasse o meu pastor comprando bebidas alcoólicas e espalhasse isso para os irmãos?
Pense: Que tipo de pessoa você estaria sendo caso fizesse isso? O que pensaria de alguém assim? O que outros cristãos pensariam de você? O que Deus e Jesus pensariam de você? Quais seriam suas intenções ao divulgar essas imagens, gravadas de forma secreta e sem autorização da pessoa vítima desse fuxico?
Leve em conta a cultura e a localização geográfica
Em países tropicais onde o clima costuma ser bastante quente, a preferência por certas bebidas pode variar muito. Aqui no Brasil, por exemplo, a cerveja lidera o ranking de bebidas preferidas pelos brasileiros. Mas isso não acontece em países onde o frio é de cair neve. Nos Estados Unidos, por exemplo, a preferência dos consumidores é por bebidas quentes, como o whisky e a vodka, que é o caso da Rússia.
O caso ‘naufrágio do Titanic’
É provável que, se muitos dos passageiros a bordo do Titanic soubessem e houvesse whisky para todos, muitas das vítimas poderiam ter sido salvas naquele naufrágio. Segundo alguns relatos, um sobrevivente contou que só conseguiu sobreviver na água gelada porque tomou uma garrafa inteira de whisky após o acidente. A bebida manteve seu corpo aquecido até a hora do resgate, impedindo que ele morresse de hipotermia. Isso reforça a tese de que certas bebidas são preferidas em locais onde o clima costuma ser bastante frio e ajuda a manter o corpo aquecido.
Então, liberte-se de preconceitos e não dê ouvidos a fofocas. Fofocas essas que não agregam nenhum valor espiritual, mas que só servem para causar intrigas e destruir a reputação do próximo. Jesus não quer isso. Ele quer que seus filhos sigam em paz uns com os outros, fazendo de um tudo para a edificação do próximo e não para a ruína da fé deles.
Agência Indicatu – SP/BR – 07/2019
Texto: Da redação
