Na contramão de todos os princípios das sagradas escrituras, milhões de evangélicos manifestaram seu apoio à população armada ao apoiarem Bolsonaro para presidente que, após a grande repercussão da fala desrespeitosa, racista e feroz usada pelo candidato em ofensas pessoais, camuflou o tom do seu discurso dispensado a mulheres, nordestinos, pobres e etnias estigmatizadas da sociedade, para cair na “graça” dos mesmos.
À luz do entendimento bíblico, a religião em si jamais deveria transitar nos pátios dos sistema político, visto que este está em oposição direta com os propósitos do criador – João 17:15, 16.
Essa passagem bíblica indica de modo claro que qualquer indivíduo que professasse está em união com Cristo deveria seguir o exemplo dele, permanecendo neutro nos assuntos “do mundo”. A palavra “mundo” é citada na bíblia para se referir ao conjunto social apartado de Deus e à força que o governa. Dando o exemplo nesse sentido, ao ser pressionado “pelo povo” a ser o rei sobre ele, Jesus se negou em assumir tal cargo, visto que isso o colocaria em choque com os propósitos do seu Deus e pai, cujo reino (governo) não é desta fonte e não tem nada a ver com os governos inventados pelo homem – João 18: 36.
O “cristão” que aprova o armamento da população está colocando sua assinatura no abaixo assinado da morte, concordando com o que pode ser a maior chacina já vista no Brasil. Nesta leva de ódio e intolerância promovida pelo candidato em questão, não haverá critérios para se matarem uns aos outros, a não ser a desculpa de “atirar para se defender”.
Assim sendo, uma vez que o conteúdo sagrado das leis de Deus não exercem mais força nos corações daqueles que professam reverenciá-lo, não faz sentido que se frequentem as igrejas, uma vez que se encaixam na declaração dita pelo próprio Deus: “Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está muito longe de mim” – Mateus 15: 8
E de quem é a culpa? Dos “pastores”, dos líderes religiosos que, motivados pelo jogo de interesses e pela troca de favores, submetem-se a si mesmos e a suas “ovelhas” a um processo político mefistofélico recheado de tudo o que há de mais degradante no âmago de indivíduos que venderam a si mesmos e até as suas almas para que fossem usados da forma mais reprovável possível no atual contexto desagregador que rachou o país em dois.