A mulher injetou veneno nos bombons para matar a vítima. Separada do marido e com a guarda dos seus dois filhos, a ajudante geral Ana Camila Rosa de 30 anos de idade, recebeu, sem saber, da sua rival, uma mulher de 34 anos, um "presente" com flores e bombons envenenados com chumbinho para matá-la.
Segundo informações, a encomenda, um vaso contendo flores, 3 bombons de choloate e uma carta manuscrita com um número de celular, teria sido entregue no último dia 28/09 às 16h, por um mototaxista.
A vítima recebeu o "presente" sem desconfiar de nada, comeu e deu também para as crianças, e todos começaram a passar mal.
O episódio remete ao conto de fadas da "Branca de Neve e os sete anões", onde um certo personagem mitológico tenta, a todo custo, destruir a vida da bela e encantadora jovem. No caso em questão, a autora do crime desconfiava que seu companheiro ainda nutria sentimentos românticos pela sua ex-esposa e, encolerizada pelo ciúme, descidiu por um fim à questão mandando guloseimas envenenadas para a família - a mulher e duas crianças de 2 e 6 anos de idade.
Meia hora depois de terem consumido os bombons, as reações alérgicas começaram a fazer efeitos e todos começaram a vomitar e a sentir fortes dores no estômago. A SAMU foi acionada e, ao ser constatada a suspeita de envenenamento, a polícia também foi acionada e deu-se início ao registro de ocorrência na Central de Polícia Judiciária (CPJ). O caso também foi parar no DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), que, ao investigar meticulosamente o caso, descobriu que o autor da entrega do pacote foi um mototaxista a pedido de uma mulher de 34 anos, a qual teve o nome preservado.
Ao ser presa, a autora confessou o crime dizendo que seu alvo era a mulher, ex-esposa do seu companheiro, e não as crianças. Ela disse também que achava que o companheiro nutria sentimentos pela rival e planejou o atentado.
A história macabra
Segue-se as informações de que a mulher pesquisou na internet quais seriam os efeitos no organismo e a dosagem certa em cada bombom para matar a vítima. “Ela arquitetou a ação desde o dia 18 de setembro”, diz o delegado Marcelo Aparecido Tomaz Goes, titular da DIG. “Se uma das crianças tivesse comido dois chocolates, a dose (de chumbinho) seria letal”, explica o delegado Edson Maldonado, que responde pela DDM. O caso foi encerrado com a prisão da mulher. Ela está na Cadeia de Barra Bonita, onde permanecerá à disposição da justiça.
Este caso aconteceu no município de Jaú, no interior de São Paulo no último dia 28 e, só agora, após a elucidação dos fatos, veio a público.
AGÊNCIA INDICATU - SP/BR - 06/10
Texto: Da redação