Cidadão americano é preso na Coreia do Norte
Por que é tão grave deter um cidadão de uma superpotência
Kim Hak Song, cidadão americano que trabalhava na Universidade de Ciência e tecnologia de Pyongyang foi preso no último sábado acusado de atos hostis na Coreia do Norte. Até o momento não é possível precisar que atos de hostilidade foram esses que levaram à prisão do norte americano. Suspeita-se que o fato tem a ver com o suposto atentado que tinha como alvo o ditador norte coreano, Kim Jong Un, o qual acusou os EUA de usar agentes da CIA para atentar contra a sua vida.
A prisão do cidadão americano é encarada como mais uma provocação aos EUA que veem segurando a situação até às ultimas instâncias antes de entrar em vias de fato com a Coreia do Norte por meio de uma guerra nuclear.
Entretanto, prender um cidadão de uma Superpotência não é uma atitude nada agradável tanto do ponto de vista econômico quanto militar. Os detentores do poder mundial não veem com bons olhos uma nação que é hostil e apática aos seus cidadãos. Os EUA já impôs severas sanções econômicas à Coreia do Norte no intuito de mantê-la no eixo, mas, sem sucesso. Provocações como essas são um combustível a mais para um possível confronto cataclísmico entre essas potências que, a cada dia que passa, ficam cada vez mais frente a frente uma com a outra.
Neste meio tempo entra em cena também os chamados ‘Teóricos da conspiração’, que enxergam o ocorrido como mais uma farsa americana para impor o caos em uma nação soberana. Segundo seus pensamentos, os americanos provocam uma causa para então terem um motivo de agir contra aquele país ou seu representante. É como se os Estados Unidos tivessem forjado um atentado ao ditador, esperando uma retaliação à altura para então pôr em ação toda sua frente de combate.
Paralelo histórico
Prender um cidadão de uma superpotência sempre foi um grande problema e, um caso parecido aconteceu na época em que o império romano dominava o mundo. O personagem da história é o apóstolo Paulo, que foi preso injustamente por soldados romanos instigados por autoridades religiosas judaicas, que eram contra às atividades do apóstolo.
Quando estava para ser torturado pelos soldados, Paulo identificou-se como cidadão romano, deixando os guardas aterrorizados. O chefe da guarnição, sabendo da gravidade do assunto, disse ter comprado aqueles direitos de cidadão por uma boa quantia de dinheiro. Só que, para o seu azar, o apóstolo era romano nato.
No caso da Coreia do Norte não é diferente. O porta voz da Casa Branca disse a repórteres: “Obviamente, isso é preocupante. Estamos bastante alertas sobre isso e iremos trabalhar por meio da embaixada da Suécia… por meio do nosso Departamento de Estado, para buscar a libertação de indivíduos lá”.
Ag. Indicatu - SP/BR - 08/05