Tsavo, África, 1898, final do século 19. Franceses, alemães e britânicos disputam para tomarem posse do continente africano. Em vantagem, os britânicos encarregam o engenheiro John Patterson para supervisionar a construção de uma ponte que passa acima do rio Tsavo. Tsavo significa “lugar de carnificina”, e não é para menos. Dois leões irmãos, assassinos, guiados por maus espíritos, causaram ruina entre trabalhadores supervisionados pelo coronel encarregado da construção da ponte.

Segundo relatos reais de aldeões da época, os leões eram assassinos por natureza, matavam por prazer e possuíam um mal espírito de um velho curandeiro que brigava pela não construção da ponte. Os leões tinham uma caverna que servia de covil onde guardavam os ossos das suas vítimas como troféus. Para muitos, isso é uma lenda, pois, de acordo com conclusões de peritos da época, os leões eram atraídos pelo cheiro de sangue provindo de hospitais improvisados com os mínimos níveis de higiene possíveis. Entretanto, testemunhas oculares relataram que não é comum o gosto dos leões por carne humana. Durante a construção, mais de 40 trabalhadores foram devorados pelos leões, os quais agiam de forma sincronizada e astuta, revelando uma inteligência acima do nível esperado para qualquer criatura do gênero.

Paralelo bíblico histórico

Segundo um relato encontrado no livro de 2 Reis capítulo 17 verso 26, durante a dinastia do rei assírio Salmanaser, milhares de judeus foram levados ao exílio no território assírio. Chegando lá, o povo desviou-se rapidamente da verdadeira adoração para praticar os cultos pagãos dos povos ao redor. Leões foram usados por Deus para atacarem pagãos e idólatras que tratavam a adoração de forma desrespeitosa, de modo que Deus enviou leões para causar a ruina entre os pecadores impenitentes.

Similaridade e diferenças

Tanto no primeiro, quanto no segundo caso, leões agiram movidos por força sobrenatural, espalhando o terror e a calamidade nas comunidades das redondezas. A diferença está em quem estava por trás dos ataques. No caso de Tsavo, os espíritos eram maus, forças demoníacas. Já no segundo, o próprio Deus agiu em benefício da justiça para estancar uma vazante doutrinária que levaria a uma ruína sem precedentes.

Esse foi mais um caso de coisas superinteressantes guardadas nas páginas da história.

Ag. Indicatu – SP/BR – 24/05