A pergunta é franca e direta, e para responde-la, nada melhor do que começarmos este artigo com a citação do texto chave. Volta e meia ele está no foco dos debates que combatem as especulações das possíveis datas para a volta de Cristo, ou o do fim do sistema de coisas. Na íntegra, o texto diz:
“A respeito daquele dia e daquela hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o filho, mas somente o pai”. (Mateus 24:36) – TNM 2015.
Essas palavras foram ditas por Jesus poucos dias antes de ele ser preso, julgado, condenado e morto injustamente por um esquema religioso estatal liderado por sumos sacerdotes, principais sacerdotes e apoiado pelas seitas dos Fariseus e dos Saduceus.
Conforme explanado no artigo o dia e a hora ninguém sabe, Jesus não dizia nada além daquilo que seu pai, Jeová Deus, o havia autorizado a falar. De modo que, para aquele momento da vida e do ministério de Jesus, a informação que Jeová tinha para ele era aquela, isto é, “ninguém, nem nos céus, nem na terra, sabia o dia e a hora”. O dia e a hora do quê? Do fim de um sistema de coisas. Ao invés de se preocuparem com a data do fim, o conselho de Jesus para os apóstolos foi:
“Disse-lhes ele: “Não vos cabe obter conhecimento dos tempos ou das épocas que o Pai tem colocado sob a sua própria jurisdição; 8 mas, ao chegar sobre vós o espírito santo, recebereis poder e sereis testemunhas de mim tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até à parte mais distante da terra.”” (Atos 1:7, 8) - TNM 1986.
Assim, de forma indireta, Jesus estava dizendo para os seus apóstolos que, ao invés de se preocuparem “em que época ou data viria o fim”, eles deveriam estar empenhados em divulgar as boas novas do reino de Deus e serem testemunhas de Jesus até a parte mais distante da terra. Porém, as palavras de Jesus nesse texto parecem querer revelar algo mais.
Jesus fala de “tempos e épocas postas por Jeová sob sua própria autoridade” e em seguida ele fala da “chegada do espírito santo e da pregação das boas novas”. Isso sugere que esses tempos e épocas que Jeová pôs sob sua própria jurisdição podem estar ligados a duas coisas. A primeira é que isso possa ter relação com o início da campanha de divulgação das boas novas encabeçada pela congregação cristã sob a liderança dos apóstolos e com a força do espírito santo, o poder de realizar curas e a imposição de mãos para a conceção de autoridade de se fazer o que os apóstolos fariam, pois, a bem dizer, a pregação das boas novas já tinha se iniciado a partir do batismo de Jesus, que fazia aquelas obras e deu para os apóstolos o poder de fazer o mesmo (Mateus 10:7, 8; Lucas 10:17). A segunda é que essa fala de Cristo signifique, de fato, que ninguém sabia a época ou data do fim dos “tempos e épocas postos por Jeová sob sua própria jurisdição”, pelo menos naquele momento. Isso se comprova pelas palavras do apóstolo Paulo que, décadas mais tarde, falando desses mesmos “tempos e épocas”, escreveu:
“Agora, quanto aos tempos e às épocas, irmãos, não é preciso lhes escrever nada. 2 Pois vocês mesmos sabem muito bem que o dia de Jeová vem exatamente como um ladrão à noite.” (1 Tessalonicenses 5:1, 2) – TNM 2015.
Aqui fica claro que “os tempos e as épocas ditas em Atos 1:7 se referem mesmo ao dia de Jeová. Mas as coisas começam a mudar um pouco. Enquanto que foi dito por Jesus que “não cabia aos discípulos saberem os tempos e as épocas”, aqui em 1 Tessalonicenses 1:2 diz que esse dia virá como um ladrão. Mas não fica só nisso: Veja:
“Mas vocês, irmãos, não estão em escuridão, de modo que o dia lhes sobrevenha assim como sobreviria a um ladrão, 5 pois todos vocês são filhos da luz e filhos do dia. Nós não pertencemos nem à noite nem à escuridão.” (1 Tessalonicenses 5:4, 5) – TNM 2015.
Essa fala sobre o dia de Jeová aqui é curiosa. Primeiro, é sugerido que esse dia não seria um mistério para os servos de Deus. Eles não serão pegos de surpresa. Então, vamos aos detalhes.
Em 1 Tessalonicenses 5:2 é dito que o dia de Jeová virá “como um ladrão”, ou seja, é a “ação do ladrão contra quem está dormindo”. Já no versículo 5 fala desse dia “sobrevindo a um ladrão”, ou seja, é a ação do dia “contra o ladrão”. Como, ou de que modo, um dia viria contra um ladrão?
O ladrão costuma agir em horários que ele sabe que a vítima estará dormindo. Mas ele não age de uma hora pra outra. Ele observa os indícios de que a vítima está, de fato, dormindo, como: o apagar das luzes da casa ou o desligar da tv. Daí, ele estima um tempo para ter certeza de que todos ali já pegaram no sono para então invadir e roubar a casa. De modo que há duas hipóteses lógicas para essa fala de Paulo de “o dia sobrevir ao ladrão”. A primeira é que o ladrão, por estar envolvido, absorto em seu roubo, não percebe o dia raiando, ficando exposto à sua luz e tendo a sua identidade revelada. A outra é que, pela hora avançada da noite, o ladrão apague no sono dentro da propriedade alheia e só acorde com a polícia e o dono da casa em sua frente. Nesses dois casos, ‘o dia veio “sobre” o ladrão’ e ele foi pego de surpresa. O outro detalhe em 1 Tessalonicenses 5:4, 5 é que Paulo fala que os cristãos “não estão em escuridão porque todos eles são filhos da luz e filhos do dia”, dando a entender que, para essas pessoas, a “noite espiritual” nunca chega. Em outras palavras, eles nunca dormem, estão sempre acordados e, assim como pessoas inculpes que não temem em andar livres durante o dia, eles também não temem a luz do dia porque as suas obras são justas. Sua reputação perante Deus é limpa, pura e imaculada. Sendo assim, o dia de Jeová não será dia para eles. Por quê? Porque a chegada do dia significa o fim de uma noite, o fim de um período escuro, e visto que eles nunca estão em escuridão, o dia de Jeová não sobrevirá contra eles.
Uma outra aplicação para 1 Tessalonicenses 5:2, 4, 5 é que os ladrões agem na escuridão. Pelo menos, esse era o costume predominante na época em que o texto foi escrito. Isso sugere que, durante o dia, os ladrões dormem, e deixam para agir nas sombras da noite. Essa metáfora revela a afinidade que essa classe de gente tem com as trevas. Eles são inimigos da luz, visto que suas obras são condenáveis. Ao dormirem de dia eles continuam na escuridão, pois precisam dela para dormir. Sendo assim, o dia para essas pessoas nunca chega. Elas nunca andam na luz, uma situação oposta à dos cristãos verdadeiros, que são filhos da luz, e cuja “noite” para eles nunca chega. Nesse sentido, a chegada do dia de Jeová, que é inevitável, será um choque para “os que dormem” e para “os que agem na escuridão”. Aqui percebemos que há duas classes que serão pegas de surpresa: a sonolenta, e a que anda nas trevas. No primeiro caso, aplica-se 1 Tessalonicenses 5:2, que simboliza a ação do ladrão contra quem está dormindo. E a segunda, aplica-se 1 Tessalonicenses 5:4, 5, que representa os que andam nas trevas, aqueles cujas obras são condenáveis. Assim sendo, o dia de Jeová não será surpresa “para quem está acordado ou não anda na escuridão.” Diante disso, faz-se necessário considerarmos “o que é estar dormindo, e o que é andar na escuridão”.
Como alguém pode estar “dormindo”? No sono literal, precisamos da escuridão, isto é, da ausência de luz, para dormir. De modo que, quem dorme no sono simbólico não está na luz da verdade. Qualquer condição ou situação em que a pessoa esteja que não seja na luz da verdade, é um estado de sono espiritual. E como alguém “anda na escuridão”? Paulo falou de um tipo de pessoa cujas obras são condenáveis: o ladrão. Ele age na escuridão porque sabe que a prática é criminosa. Em sentido espiritual, a pessoa prova que anda na escuridão por agir contrário às normas de moral de Deus, mesmo tendo conhecimento delas. Então, o que difere quem está dormindo de quem anda na escuridão? Em tese, quem está dormindo, isto é, “não tem a luz da verdade”, acha que a escuridão que o envolve é luz. Isso pode acontecer mesmo que o indivíduo esteja ou não “na luz da verdade”, como era o caso da nação de Israel que, apesar de pactuada com Deus, andava nas trevas de profunda escuridão (Mateus 6:23). Mas tem mais. Veja:
“E façam isso porque vocês sabem em que época estamos, que já é hora de despertarem do sono, pois agora a nossa salvação está mais próxima do que quando nos tornamos crentes. 12 A noite está bem avançada; o dia está próximo. Portanto, rejeitemos as obras da escuridão e revistamo-nos das armas da luz.” (Romanos 13:11, 12) – TNM 2015.
O conselho de Paulo aqui foi para cristãos ungidos com o espírito santo, pessoas que “já estavam na luz da verdade”. Mas pelo visto eles tinham um problema, e grave, pois vemos aí as duas classes operando de uma só vez na congregação em Roma. Primeiro, Paulo os aconselha a “despertarem do sono”. Depois ele os admoesta a “rejeitarem as obras da escuridão e revestirem-se das armas da luz”. Conforme já vimos, os que “andam na escuridão” fazem coisas condenáveis de forma proposital, sabendo o que estão fazendo. Visto que esse foi um conselho dado para pessoas que já haviam sido libertas das trevas, podemos concluir que o estado final da congregação era consequência do primeiro, isto é, do sono. Apesar de “estarem na verdade”, eles ainda não haviam despertado do sono porque a verdade não estava neles. Por causa do ambiente em sua volta, tolerava-se ou até praticava-se o que era condenável como se fosse algo normal (Romanos 1:24-32). Para provar que os que andam na escuridão sabem que o que eles fazem é condenável, Paulo diz:
“Embora eles conheçam muito bem o justo decreto de Deus, de que os que praticam essas coisas merecem a morte, não somente continuam a fazê-las, mas também aprovam os que as praticam.” (Romanos 1:32) – TNM 2015.
Assim, quem anda na escuridão tem a certeza de que sua conduta é condenável, e mesmo assim permanece nesse caminho de destruição. E fazem pior: aprovam as obras condenáveis de quem nunca conheceu a luz da verdade, enquanto que o seu dever seria tirá-los da escuridão.
Feitas essas considerações, podemos entrar no tema deste artigo: quem já sabe o dia e a hora?
Quem já sabe o dia e a hora
Conforme dito anteriormente, quando Jesus disse que “ninguém sabia o dia e a hora”, foi porque aquela era a informação que seu pai, Jeová Deus, tinha para ele naquele momento. Mas isso mudou no ano 96 EC, isto é, 63 anos após sua ressurreição, quando Jeová deu para ele a Revelação, o livro bíblico que leva esse nome, também conhecido como Apocalipse. É nesse livro profético que todos os segredos para o futuro da humanidade foram profetizados através de símbolos. Para a questão levantada, a profecia não foi simbólica, e sim a narração de um evento nos domínios espirituais que impactaria gravemente as coisas aqui na terra, e é aqui que está o segredo da resposta para essa questão. Veja:
“9 Assim, foi lançado para baixo o grande dragão, a serpente original, o chamado Diabo e Satanás, que está enganando toda a terra habitada. Ele foi lançado para baixo, à terra, e os seus anjos foram lançados para baixo junto com ele. 12 Por essa razão, alegrem-se, ó céus, e vocês que residem neles! Ai da terra e do mar, porque o Diabo desceu a vocês com grande ira, pois sabe que lhe resta pouco tempo.”” (Apocalipse 12:9, 12) – TNM 2015.
Nessa profecia é dito que o Diabo, após ser expulso do céu, “sabe que lhe resta pouco tempo”. Pouco tempo pra quê? Para desencaminhar “toda” a terra habitada (Apocalipse 12:9). E como ele sabe que o tempo para isso “é pouco” se ele não soubesse o limite? É aí que está o segredo.
Suponha que um casal contrate alguém para produzir as comidas da festa de casamento deles. O trato é feito com 2 meses de antecedência, e a quantidade de alimentos foi calculada para 150 pessoas. Faltando apenas 1 semana para a festa, o casal contata novamente o responsável pela produção das comidas e pergunta se é possível fazer um ajuste na quantidade dos alimentos porque aumentou o número de convidados, que agora é de 300 pessoas. O responsável topa o trato e, sabendo quantos dias faltam para a festa, ele calcula quantas pessoas terá de contratar, além das que já têm, para auxiliá-lo na produção, porque o tempo, dali até o dia da festa, é curto. Para ele, é imprescindível saber: quantas pessoas a mais terá na festa e quantos dias faltam para o evento. Com base nisso ele terá condições de fazer o cálculo exato de quantos auxiliares a mais irá precisar para não tomar prejuízo nos lucros e nem deixar os noivos na mão no dia da festa. Sem esses dados, é impossível para ele reprogramar os trabalhos e entregar os pedidos no dia da festa. Nesse seguimento, é natural que as pessoas envolvidas no processo estejam cientes das metas e prazos estipulados para a conclusão dos trabalhos. Todos eles sabem do que e de quem se trata aqueles pedidos.
Seguindo por essa linha de raciocínio, é razoável concluir que, ao dizer que “o Diabo, após ser expulso do céu, sabe que lhe resta pouco tempo”, sabe também o limite desse tempo para cumprir sua meta de “desencaminhar toda a terra habitada”. E não é só ele. Os demônios também, pois a citação da ciência de Satanás sobre o tempo que lhe resta é dita no mesmo contexto em que os demônios são expulsos do céu “junto com ele”, de modo que tudo que se aplica ao Diabo, aplica-se também neles. Destarte, tanto o Diabo como seus demônios sabem o limite desse “curto período de tempo”. Dito de modo claro, eles sabem o dia e a hora que terá fim o sistema de coisas que eles governam. Ora, se o Diabo e os demônios sabem disso, todos no céu, que antes não sabiam o dia e a hora, agora também já sabem, inclusive Jesus, o executor do julgamento divino. E quem mais sabe o dia e a hora? É sugerido que os servos de Deus, na terra, saberiam:
“Pois o Soberano Senhor Jeová não fará coisa alguma sem ter revelado seu assunto confidencial aos seus servos, os profetas.” (Amós 3:7) – TNM 2015.
Isso se comprova quando, em outras situações, Jeová informou ao seu povo quando ele iria agir (Gênesis 7:4; Êxodo 11:4-6).
Nessas duas situações, Jeová revelou para os seus servos a data da sua ação pouco antes dele executar o julgamento contra os seus inimigos. Com o julgamento que está vindo não vai ser diferente. Por quê? Porque ele deu informações, através de símbolos proféticos, que tornaria possível a compreensão desse assunto. Pela ordem, as profecias que envolvem a identidade do dia de Jeová seguem assim:
- As 2300 noites e manhãs (Daniel 8:14),
- A grande tribulação durará 1 ano (Daniel 12:1)
- 1 tempo, tempos e metade de 1 tempo (Daniel 12:7),
- 1.290 dias (Daniel 12:11),
- 1.335 dias (Daniel 12:12),
- 5 meses da mensagem de julgamento (Apocalipse 9:5)
- 42 meses (Apocalipse 11:2),
- 1.260 dias (Apocalipse 11:3)
Essas informações foram dadas com um propósito. Elas servem de coordenadas no tempo do fim para se achar o limite dos tempos “designados”, e foi com esse objetivo que Jeová inspirou seus profetas a registra-las em sua palavra.
Mas afirmar que homens e mulheres saberiam o dia e a hora do dia de Jeová não é loucura? Vejamos o que pode significar o dia e a hora de Jeová.
O que é o dia e a hora?
Se aplicarmos a regra bíblica de “1 dia por 1 ano” para o dia e a hora do julgamento de Jeová, as coisas podem mudar, e muito, daqui por diante, porque esse dia pode ser um ano específico, e a hora pode ser “dias” dentro desse ano (Números 14:34; Ezequiel 4:6). Um ano profético tem 360 dias. Se dividirmos 360 pela quantidade de horas que tem um dia, temos: 360/24 = 15. Se isso estiver certo, a batalha do Armagedom pode durar 15 dias. Daniel 12:12 sugere que esse evento pode se estender por 45 dias. Quando começa o dia de Jeová? Com a destruição de Babilônia, a Grande. Isso marcará o início da grande tribulação, e aqui as coisas ficam ainda mais interessantes porque “dia e hora” aparecem em outra profecia de Apocalipse. Veja:
“E os quatro anjos que haviam sido preparados para a hora, o dia, o mês e o ano foram desamarrados para matar um terço das pessoas.” (Apocalipse 9:15) – TNM 2015.
Aqui surge mais duas medidas de tempo: mês e ano. Se isso também for simbólico, “hora está para mês” assim como “dia está para ano”. Ou seja, o dia de Jeová acontecerá “em um certo ano” e em "um mês específico" dentro desse ano. Vale notar que essa profecia trata do toque da sexta trombeta. As trombetas do sétimo selo e as sete tigelas do capítulo 16 de Apocalipse são atos divinos simultâneos durante a grande tribulação, e é nessa fase que começa a batalha do Armagedom (Apocalipse 16:12, 16). Perceba também que os quatro anjos preparados para “o dia, a hora, o mês e o ano” matará 1 terço das pessoas, e não toda a humanidade. Isso faz sentido porque, se esse ato deles é no Armagedom, esse conflito se dará contra Gogue de Magogue, a coalisão de nações militares que o Diabo vai usar para tentar destruir o povo de Deus (Ezequiel 38:1, 2, 18-23). Pelo visto, os “quatro anjos” são simbólicos e representam exércitos de anjos envolvidos nesse ato, pois é dito que o número é de “miríades de miríades” (Apocalipse 9:16). A forma como eles matará essas pessoas também é notável, pois relata-se que “das bocas deles saem fogo, fumaça e enxofre”, nesta ordem (Apocalipse 9:18). Em duas ocasiões Deus usou o fogo para destruir pecadores (Gênesis 19:24, 25; Números 16:35; 26:10). Geralmente, destruição por fogo está associada com “destruição eterna”, sem esperança de ressurreição. Quando destruiu Sodoma e Gomorra, Deus também usou enxofre. O enxofre é um elemento químico que prolonga a ação do fogo. Era muito usado em um lixão fora dos muros de Jerusalém, também chamado de Geena, onde se queimava de tudo, até cadáveres de criminosos. A fumaça que subia desse fogo era facilmente associada com o que foi destruído ali, remetendo à ideia de esquecimento e repúdio. Aquele lugar era impuro, e os cadáveres jogados ali não eram contados dignos de um enterro decente. Assim, quando se diz que “da boca dos cavalos sai fogo, fumaça e enxofre”, entendemos que a destruição dos apoiadores de Gogue de Magogue será irreversível como coisas consumidas pelo fogo, que eles serão repudiados e esquecidos como a fumaça desse fogo, e que o julgamento deles será permanente e inexorável como o enxofre.
O que mais pode significar “o dia e a hora”? A outra hipótese para o significado do dia de Jeová é que “o dia e a hora” dele será um período de tempo, não definido, em que ele agirá para destruir o sistema de coisas governado pelo Diabo e seus demônios.
Diante dessas considerações, a certeza que temos é que “os que andam na luz e que são portadores dela” não serão pegos de surpresa quando esse dia chegar. A condição deles é como a das virgens sábias:
“Então o Reino dos céus pode ser comparado a dez virgens que pegaram suas lâmpadas e saíram ao encontro do noivo. 2 Cinco delas eram tolas e cinco eram prudentes. 3 As tolas pegaram suas lâmpadas, mas não levaram óleo, 4 ao passo que as prudentes levaram óleo em frascos, junto com suas lâmpadas. 5 Como o noivo estava demorando, todas elas ficaram com sono e adormeceram. 6 Bem no meio da noite se ouviu um grito: ‘Aqui está o noivo! Saiam ao encontro dele.’ 7 Todas as virgens se levantaram então e puseram suas lâmpadas em ordem. 8 As tolas disseram às prudentes: ‘Deem-nos um pouco do seu óleo, porque nossas lâmpadas estão quase apagando.’ 9 As prudentes responderam: ‘Talvez não haja suficiente para nós e para vocês. Em vez disso, vão aos que vendem óleo e comprem um pouco para vocês.’ 10 Enquanto foram comprar o óleo, veio o noivo. As virgens que estavam prontas entraram com ele para a festa de casamento, e a porta foi fechada. 11 Depois chegaram também as outras virgens, dizendo: ‘Senhor, senhor, abra para nós!’ 12 Ele disse em resposta: ‘Eu lhes digo a verdade: Não conheço vocês.’
13 “Portanto, mantenham-se vigilantes, porque vocês não sabem nem o dia nem a hora.” (Mateus 25:1-13) – TNM 2015.