O grande susto que a Rússia deu ao mundo no ano passado, mais precisamente no dia 20 de Abril de 2017, com o banimento de todas as entidades legais ligadas às testemunhas de Jeová, torna-se cada vez perceptível, para não dizer ‘flagrantemente escancarado’, com o uso da lei para decretar o cerceamento, o banimento de um povo honesto, correto e pacífico, sob o pretexto de extremismo religioso, cujo real propósito era e continua sendo satisfazer a vontade de um outro grupo religioso rival, a igreja Ortodoxa russa, onde os líderes religiosos, durante anos, usaram os púlpitos das suas igrejas para envenenar a mente dos fiéis e fazê-los odiarem o seu semelhante, gerando um clima de intolerância religiosa altamente corrosivo que desaguou no estigma desagradável das testemunhas de Jeová no país.
Hoje, ao todo 175 mil testemunhas de Jeová vivem sob extrema angústia, reféns do medo e aterrorizadas dentro de suas “próprias casas” com um simples toque da campainha, ou até as sirenes das ambulâncias, visto que as 'blitz' policiais em residências de testemunhas de Jeová são constantes e incomodativas.
Não aguentando mais a situação, milhares de testemunhas de Jeová russas, nascidas no país, estão deixando a terra natal para pedirem asilo político em outros países por causa do medo implantado com extrema pressão pelos agentes de polícia russas que invadem uma casa após a outra de testemunhas de Jeová para obriga-las a renunciarem a sua fé. Nem mesmo as fotos de parentes dos cristãos estão isentas dos confiscos ilegais feitos pelos agentes de “inteligência” da Rússia em suas batidas policiais.
Esposas de 17 testemunhas de Jeová presas nos últimos 360 dias escreveram uma longa carta em pedido de socorro à CEDH (Comissão Europeia dos Direitos Humanos) para que a Rússia liberte seus maridos presos ilegalmente sob a acusação injusta do governo de extremismo religioso. Outras dezenas de religiosos estão em prisão domiciliar e sob o compromisso escrito de não deixarem o país. E os números não param de aumentar. Nas batidas policiais, mulheres, idosos, jovens e até crianças, dentro de suas casas, são ameaçadas por policiais com armas em punho e obrigadas a deitarem de bruços no chão. O propósito das ações é causar o terror nos cristãos e vencê-los pelo medo e o cansaço.
A tática que está sendo empregada para perseguir e aterrorizar as testemunhas de Jeová na Rússia atualmente é a mesma usada por Adolf Hitler na Alemanha nazista, de 1932 a 1945, que acabou nas mortes de mais de 6 milhões de judeus e testemunhas de Jeová, e se não for contida, se não for anunciada ao mundo, um novo holocausto pode acontecer dentro de, quem sabe, alguns meses. Como na Alemanha nazista, primeiro houve o banimento de grupos minoritários e depois o extermínio em massa, das formas mais cruéis e medievais que o mundo já presenciou.
O mundo não pode se calar diante de um fato inaceitável que está à mercê de uma vontade vaidosa e recheada de ódio. É a vida humana que está em jogo. Hoje são as testemunhas de Jeová. Mas em pouco tempo, outros grupos serão os próximos alvos, desencadeando uma nova onda de represálias e banimentos descomedidos e fora de controle.
É aceitável que se arrisque dizer que, se o que está sendo feito com as testemunhas de Jeová na Rússia fosse aplicado a outro grupo religioso qualquer, um genocídio, um holocausto já teria acontecido porque as reações seriam imediatas e violentas. Mas, ao invés disso, o governo russo aproveita-se da natureza pacífica e ordeira das testemunhas de Jeová para implantar o terror e tirar a paz dos próprios cidadãos que lutam por um mundo justo e pacífico.
Abaixo segue o link do site oficial das testemunhas de Jeová na Rússia. Nele, o leitor poderá ler na íntegra a carta enviada pelas esposas (FOTO) dos testemunhas de Jeová presos na Rússia.
Agência Indicatu – SP/BR – 08/06
Texto: Da redação
Fonte: https://jw-russia.org/news/18060718-345.html