Por causa de uma demarcação de terras indígenas, a região sul da Bahia perdeu um megaempreendimento no ramo de hotelaria avaliado em R$ 209 milhões de reais.
O empreendimento multimilionário seria investido pelo grupo português Vila Galé e geraria 500 empregos diretos e mais 1500 indiretos. O Resort contaria com 467 apartamentos, 1048 leitos e ocuparia uma área de 20 hectares.
O comunicado foi feito oficialmente por meio de nota informando a desistência do grupo, visto que existe uma demarcação de terras indígenas determinada pela FUNAI que envolve três municípios, sendo eles Una, Ilhéus e Buerarema. Em trecho de um documento obtido pelo The intercept Brasil, a Embratur, autarquia do Ministério do Turismo, pediu à Fundação Nacional do Índio (Funai) que encerre o processo de demarcação de terras reivindicadas pelo povo Tupinambá, no sul da Bahia. A manifestação foi feita por meio do ofício 185/2019, enviado à Funai no dia 26 de julho deste ano.
O Resort seria construído entre as cidades de Una e Ilhéus. “Não existe qualquer reserva indígena decretada para esta área, nem previsão de vir a ser”, observou o grupo português em nota. O foco do Resort estaria voltado para o público de turistas estrangeiros, segundo Gilson Machado Neto, presidente da Embratur.
A construção do Resort já havia sido aprovada pelo governo do estado da Bahia e pela prefeitura de Una. Com a desistência, a região perde um investimento de 45 milhões de euros, cerca de 209 milhões de reais.
Agência Indicatu - SP/BR – 18/2019
Texto: Da redação
Com informações de Blog Pimenta