Jeová criou todas as coisas nos céus e na terra. Sabemos que ele fez todo o trabalho “pesado” nos seis primeiros dias e descansou no sétimo. No começo desse novo período, as obras do Criador foram concluídas com a criação do homem, a catalogação das espécies animais e a criação da mulher. A partir de então, Deus passou a “descansar” de todo o trabalho que fez.
Entretanto, coisas que aconteceram no domínio espiritual no início desse novo período afetam a humanidade até hoje. O que Deus decidiu fazer no começo dessa nova Era teria um impacto de longa data sobre a vida de cada indivíduo que nasceria a partir dali, sobretudo na do primeiro casal. Era para ser uma Era de paz, afinal, trata-se do ‘descanso de Deus’. Mas não foi bem assim.
O segredo só foi revelado pelo Criador milênios depois a um de seus profetas - Ezequiel. Os detalhes se encontram no capitulo 28:13-15 do livro que leva o nome do profeta. Ali, Jeová Deus faz uma revelação superinteressante do que ele se propôs fazer ao organizar as coisas que havia criado. Como Deus de ordem, nada em seu propósito acontece de forma aleatória. A prática de ‘designar’ “pessoas” para funções de alta responsabilidade é antiga e começou nos céus, e é exatamente disso que tratam os versículos 13 a 15 do capitulo 28 de Ezequiel.
Deus designou um anjo querubim para cuidar “do Éden”. Analisando o versículo 15, vê-se que essa designação especial não foi dada a qualquer um, apesar de que os anjos, até então, eram todos leais, mas, ao referir-se a este anjo querubim, O Criador destaca qualidades que para ele tem grande valor e que pesam bastante na hora de conceder a uma pessoa certos privilégios especiais. Esse anjo era ‘íntegro’ em tudo o que fazia. Um dicionário em português traduz essa qualidade da seguinte forma: “íntegro - completo, apresentado na sua totalidade; completamente preenchido. [Figurado] Qualidade de quem não se deixa corromper; que age com honestidade; honesto: juiz íntegro”. Assim era o anjo que, mais tarde se tornou ‘o Diabo, que quer dizer “caluniador”. Para piorar, ele recebeu outro nome pesado de teor negativo: Satanás, que quer dizer ‘Opositor’.
Mas o que realmente interessa para nós agora foi a decisão que O Criador tomou antes de tudo isso acontecer. Conforme registrado no livro profético de Ezequiel, Deus havia “designado” este anjo para “tomar conta” do jardim do Éden. Isso merece um pouco de atenção da nossa parte, pois, aquela designação afeta nossa vida até hoje. As palavras de um rei não voltam atrás, ainda mais as de Deus. Isso quer dizer que, a partir do momento em que Deus designou aquele anjo para “supervisionar” o Éden e as coisas nele, essa designação abrangeria um limite de tempo específico, a saber, enquanto durasse o período de descanso do Criador. Isso mesmo. Aquela designação do anjo que se tornou Satanás, o Diabo, levaria 7 mil anos. Isso quer dizer que, caso ele não se corrompesse e Adão e Eva fossem leais, estaríamos sendo governados por um anjo querubim justo e leal, designado por Deus até o dia de hoje, até que se completasse o ciclo de descanso de Jeová.
Como sabemos, não foi isso que aconteceu. Com a rebelião de Satanás, Jeová teve que fazer alguns ajustes nesse cronograma para que, ao receber a humanidade de volta, ele a tivesse do jeito que entregou aos cargos daquele anjo, ou seja, uma humanidade perfeita, obediente e sujeita a ele. Por isso, Deus decidiu que a designação dada ao anjo que se tornou ‘O Diabo’ no Éden seria reduzida de 7 para 6 mil anos. O número 6 na bíblia retrata imperfeição, atributo apropriado para aqueles que, de forma rebelde, rejeitam a soberania do Criador. Assim sendo, haverá mil anos para que Jesus Cristo conserte as ciosas na terra e entregue no final do descanso do seu pai a humanidade perfeita que ele ‘comprou’ com o seu próprio sangue.
Tudo isso explica o fato de o porquê de Satanás ser ‘o governante do mundo’ outrora e atualmente. Independente de haver ou não a rebelião, uma designação já havia sido feita. Deus já havia entregado a humanidade aos cuidados daquele anjo por um limite específico de tempo para depois tê-la de volta com um propósito cumprido. Esse propósito tem a ver com a povoação da terra e a transformação dela em um paraíso, pois o Éden era um pequeno espaço geográfico que se estenderia por todo o Globo. Pelo visto, Jeová amava muito aquele anjo. Possivelmente ele deve ter sido a segunda criação de Deus depois de Jesus Cristo. Seria uma espécie de “filho caçula” do Criador. Dá para imaginar a dor que Deus sentiu ao perceber que estava sendo traído por uma de suas criaturas favoritas, a quem ela amava muito.
Mas, mais interessante ainda é saber que o período da designação de Deus concedido a esse anjo está chegando ao fim e só faltam poucos anos. Esse assunto é tratado na matéria: Já era mais tarde do que você esperava? 2022 – Novas evidências para o início da grande tribulação
Agência Indicatu – SP/BR – 05/2019
Texto: Da redação
