Ficou tenso o clima entre as duas maiores potências do planeta nos últimos dias. O presidente americano Donald Trump ameaçou a Rússia com o lançamento de mísseis inteligentes que atingirão a Síria em cheio. A Rússia respondeu a ameaça de Trump dizendo que "derrubaria todos os míesses lançados por eles" e que, “caso os tais mísseis fossem de fato inteligentes, atingiram os verdadeiros alvos”, referindo-se aos terroristas acusados pela Rússia de serem os culpados pelo ataque químico na cidade Síria de Douma.
Já o presidente da França diz ter provas de que os ataques foram mesmo efetuados pelas forças do governo sírio, e que os países ocidentais podem está reunindo forças para um ataque conjunto contra a Síria, a qual tem o apoio incondicional da Rússia na luta indiscriminada contra os rebeldes de Damasco. “O líder francês havia dito anteriormente que qualquer ataque teria como alvo as "capacidades químicas" do governo sírio. Ele não deu a fonte de sua informação, mas disse: "Temos provas de que na semana passada armas químicas, pelo menos o cloro, foram usadas pelo regime de Bashar al-Assad".”
Hoje pela manhã (12), Trump twitou dizendo que “os mísseis estão chegando, mas que nunca disse quando”, contrariando as informações passadas por grandes jornais do Brasil, que anunciaram um prazo supostamente estabelecido pelo republicano de 48 horas para o início dos ataques.
“Não deviam ser parceiros de um animal que mata o seu povo e gosta", avisou Trump, em referência ao apoio da Rússia de defender o regime do ditador Bashar al-Assad.
O recado de Donald Trump foi claro: "A Rússia prometeu destruir todo e qualquer míssil disparado para a Síria. Preparem-se, porque os mísseis estão a chegar. Bons, novos e 'espertos'. Não deviam ser parceiros com um animal que mata o seu povo e gosta", ampliou Trump.
Em resposta, o embaixador russo no Líbano, Alexander Zasipkin, disse todos os mísseis serão abatidos e que as plataformas usadas pelo exército americano para fazer os disparos dos mísseis contra a Síria serão alvo de retaliações, caso os lançamentos aconteçam.
"Nossa relação com a Rússia está pior do que nunca, e isso inclui a Guerra Fria. Não há razão para isso. A Rússia precisa de nossa ajuda com sua economia, algo que seria muito fácil de fazer, e precisamos que todas as nações trabalhem juntas", disse Trump.
Segundo matéria da BBC, a primeira ministra britânica, Theresa May, “poderia estar pronta para se juntar a uma ação militar sem buscar primeiro o consentimento parlamentar”.
O que aconteceu em Douma?
Ativistas e médicos dizem que dezenas de pessoas morreram quando aviões do governo lançaram bombas cheias de produtos químicos tóxicos em Douma no último sábado (07). Mas o governo do presidente Assad nega estar por trás de qualquer ataque químico. A Organização Internacional para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) disse que irá para a Douma "em breve", mas não está claro quando chegará e quantas provas de qualquer ataque químico podem permanecer.
Agência Indicatu – SP/BR – 12/04
Texto: Da redação
Fonte: BBC - Londres