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As coisas caminham conforme previsto para este ano de 2022. É esperado que nos próximos dias, um evento de impacto global aplacará os temores atuais de uma ameaça de guerra nuclear. Para isso, não há nada mais cabível do que uma proposta de paz e segurança mundial. Paradoxalmente, esse alívio momentâneo será afogado por um profundo colapso social, político e religioso previsto para o mês de setembro. Antes de qualquer análise, vale lembrar que o governante do mundo é Satanás, o Diabo (João 14:30), e como peças de um jogo de xadrez, ele move os elementos políticos do mundo a seu bel prazer, conforme as conveniências ou o aperto dos tempos a ele concedido antes que seja freado, interrompido e frustrado por Deus. De modo que, o que presenciamos atualmente com o caso Rússia Ucrânia, são movimentações de partes diferentes de um único governo global operado pelo maligno a conduzir seu sistema político para um propósito final, tal qual as duas grandes guerras que marcaram o século 20. Desta vez, o propósito é outro: ‘paz e segurança mundial’ sob o slogan de ameaça de guerra nuclear, nem que para isso seja preciso sacrifícios humanos para dar força a toda a farsa montada num tabuleiro de mentiras onde a vida dos peões, literalmente, não significa nada para esses assassinos. Isso dito, falemos então do tema do artigo: o rei do Norte e sua campanha tirânica de subjugar o mundo. Para tanto, lancemos mão de um relato bíblico fiel que descreve o desfecho da trilha final desse rei na história do mundo. Diz:
“40 No tempo do fim, o rei do sul se envolverá com ele em uma troca de empurrões, e o rei do norte virá sobre ele como uma tempestade, com carros de guerra, cavaleiros e muitos navios; ele entrará nas terras e arrasará tudo como uma inundação. 41 Também entrará na Terra Gloriosa, e muitas terras serão levadas a tropeçar. Mas estes são os que escaparão da sua mão: Edom, Moabe e a parte principal dos amonitas. 42 Ele continuará a estender a mão contra as terras; quanto à terra do Egito, ela não escapará. 43 E ele reinará sobre os tesouros ocultos de ouro e de prata e sobre todas as coisas preciosas do Egito. E os líbios e os etíopes acompanharão os seus passos. 44 “Mas haverá notícias procedentes do Leste e do Norte que o perturbarão, e ele sairá com grande furor para aniquilar e entregar muitos à destruição. 45 Armará suas tendas reais entre o grande mar e o monte santo da Terra Gloriosa; e chegará ao seu fim, e não haverá quem o ajude.” (Daniel 11:40-45) – TNM 2015.
Empurrões e guerra
A narração no versículo 40 fala de uma troca de empurrões entre o rei do norte e o rei do sul. Mas não fica só nisso. O rei do norte contra-ataca o rei do sul e causa grandes estragos. Analisando a história, isso ocorreu durante as duas grandes guerras mundiais e diminuiu de intensidade na guerra fria entre Estados Unidos e Rússia. Nos dois primeiros casos, conflitos armados nunca antes vistos foram travados entre esses dois reis, e tudo isso como consequências de empurrões trocados entre eles.
A terra gloriosa é invadida
No versículo 41, o rei do norte entra na terra gloriosa, isto é, nos limites da adoração pura, e como consequência, muitas terras da terra gloriosa tropeçam. Isso também ocorreu nas duas primeiras guerras mundiais e durante a guerra fria. Neste ponto acontece algo interessante que tem a ver com a narração seguinte, onde diz que algumas terras escapam das mãos do rei do norte. São elas: Edom, Moabe e a parte principal dos amonitas. Quem, ou o quê, são essas terras? Precisamos voltar um pouco mais no tempo.
Edom, Moabe e Amon
Edom é o mesmo Esaú, irmão de Jacó, de onde vieram os edomitas (Gênesis 36:1). Após Sodoma e Gomorra serem destruídas por Deus, Ló, sobrinho de Abraão, e suas duas filhas, foram morar em uma caverna para se esconderem de inimigos (Gênesis 19:30). Nesse meio tempo, as filhas de Ló o embriagaram e tiveram relações sexuais com ele, e elas engravidaram. A primogênita teve um filho e lhe deu o nome de Moabe, e dele vieram os moabitas (Gênesis 19:37). A mais nova também engravidou e teve um filho, e deu-lhe o nome de Ben-Ami, e dele vieram os amonitas (Gênesis 37:38). A história mostra que os edomitas, os moabitas e os amonitas foram inimigos da nação de Israel, de onde viria o Messias (2Crônicas 20:1,2; Deuteronômio 23:3,4). Um ponto interessante é que Israel, Edom, Moabe e Amon tinham laços parentescos, conforme vimos. Contudo, dessas quatro nações, apenas uma foi aprovada por Deus. As demais se tornaram pagãs e, consequentemente, condenadas por Deus por serem inimigas da adoração pura. Inclusive, foram os moabitas, em parceria com os midianitas, quem usaram suas mulheres para induzir os israelitas a cometerem imoralidade sexual e idolatria, resultando na morte de dezenas de milhares de hebreus (Números 25:1-9).
Edom, Moabe e Amon escapam
Narremos o texto novamente. Diz:
“41 Também entrará na Terra Gloriosa, e muitas terras serão levadas a tropeçar. Mas estes são os que escaparão da sua mão: Edom, Moabe e a parte principal dos amonitas.” (Daniel 11:41) – TNM 2015.
Por que o anjo cita Edom, Moabe e os amonitas escapando das mãos do rei do norte depois de falar da invasão da Terra Gloriosa por este? A julgar pelo que vimos, que Edom, Moabe e Amon eram parentes de Israel e que eles se tornaram pais de nações pagãs, ficamos inclinados a crer que a citação em Daniel 11:41 ao falar dessas nações escapando das mãos do rei do norte, pode significar religiões ou territórios religiosos que apoiaram e apoiam o rei do norte em sua campanha profana contra o mundo, e principalmente contra a adoração verdadeira. Por quê? Porque de todas as nações pagãs, Jeová fez questão de citar especialmente nações que eram “parentes” de uma nação aprovada por ele. Ora, se eram parentes, seria lógico que elas adorassem o mesmo Deus. Mas não foi isso o que aconteceu. Sempre que Edom, Moabe e Amon são citadas na bíblia, elas estão em inimizade e guerra contra a nação de Israel, e o motivo dessa rixa sempre tem a ver com a adoração, de modo que a citação da Terra Gloriosa seguida por Edom, Moabe e Amon em Daniel 11:41, sugere que as nações que escapam das mãos do rei do norte, tem a ver com povos e sua adoração, pois assim como a Terra Gloriosa é simbólica e representa a adoração pura na terra, as nações citadas em paralelo com ela em Daniel 11:41 também pode ser.
O Egito não escapa
Depois de dizer que o rei do norte continuaria estendendo a mão sobre as terras, é dito que a terra do Egito não escapa dele (Daniel 11:42). Em que sentido? Veja:
“43 E ele reinará sobre os tesouros ocultos de ouro e de prata e sobre todas as coisas preciosas do Egito. E os líbios e os etíopes acompanharão os seus passos” (Daniel 11:43) – TNM 2015.
O rei do norte (Rússia) hoje possui centenas de bilhões de dólares americanos em reserva, prontos para usar em caso de sanções econômicas, ou para ampliar seu arsenal bélico. O dólar é a moeda que rege o comércio mundial. Se a Rússia sacar ou usar para maus propósitos, mais do que já tem feito, toda sua fortuna, a economia e a segurança do mundo estará em sérios apuros. E não é só a Rússia quem detém dessas fortunas. Seus aliados também. A China é um exemplo disso. Ela também é dona de altas somas bilionárias em dólares americanos. Nesse sentido, o rei do norte tem dominado sobre os tesouros ocultos do Egito.
Notícias perturbarão o rei do norte
Apesar de o rei do norte possuir todos esses tesouros e dominar sobre os dos do Egito, ele pode ser sabotado. Se o rei do sul, junto com os demais impérios europeus e ocidentais, impuser sanções altamente pesadas à Rússia, talvez bloqueando os recursos financeiros que ela possui em bancos espalhados pelo mundo, ou ainda, quem sabe, impedir que insumos vitais vindos de outros países cheguem até ela, a economia russa será dolorosamente esfaqueada, e isso a fará sair do seu lugar com grande ira. Veja:
"Mas haverá notícias procedentes do leste e do norte que o perturbarão, e ele sairá com grande furor para aniquilar e entregar muitos à destruição." (Daniel 11:44) – TNM 2015.
Antes de detalhar o que pode significar esse texto, falemos um pouco do fim dessa história envolvendo o rei do norte, a Rússia.
Não haverá quem o ajude
Após sair do seu lugar para devotar muitos à destruição, o rei do norte tomará uma decisão que o conduzirá ao desastre. Veja:
“Armará suas tendas reais entre o grande mar e o monte santo da Terra Gloriosa; e chegará ao seu fim, e não haverá quem o ajude.” (Daniel 11:45) – TNM 2015.
Um trecho desse texto nos ajuda a entender o que ele pode significar. É dito que o rei do norte “armará suas tendas reais entre o grande mar e o monte santo da Terra Gloriosa”. Mar, ou grandes corpos de água, na bíblia, geralmente simboliza a grande massa da humanidade apartada de Deus (Isaías 57:20; Apocalipse 17:1,15). Já os “Montes” simbolizam governos (Daniel 2:35c). Destarte, o monte santo da Terra Gloriosa simboliza a representação do reino de Deus na terra, sua organização terrestre. Quando se diz que o rei do norte se posta “entre o grande mar e o monte santo da Terra Gloriosa”, isso quer dizer que ele causa uma separação entre essas duas coisas. Isso quer dizer que haverá uma diferença clara entre quem é e quem não é aprovado por Deus. Nesse ponto da história, já estará definido quem terá, ou não, a marca da fera. Sendo assim, esses indícios nos levam a crer que, quando isso ocorrer, já estaremos bem avançados na grande tribulação, certo? Parcialmente. Note que o rei do norte armará suas tendas reais entre o grande mar e o monte santo da Terra Gloriosa “depois” que ele sai para devotar muitos à destruição. Isso quer dizer, que as notícias que o perturbarão, podem estar relacionadas com as sanções econômicas que ele sofrerá, e que isso pode ser o estopim que fará com que o rei do norte seja aquele quem dará o primeiro tiro no ataque contra Babilônia, a Grande. Depois disso, a grande massa da humanidade não terá mais a “luz do sol e da lua” para ilumina-la, pois esses “luzeiros espirituais” já não existirão (Mateus 24:29). Tal qual o mar revolto que não pode sossegar, a massa da humanidade alienada estará separada do monte santo da Terra Gloriosa, e o rei do norte será o marco de fronteira entre essas duas terras. Mas, quando se diz que o rei do norte se posta entre essas duas classes, não o menciona como que em posição de ataque. Porém, quando se diz que ele “chegará ao seu fim sem ter quem o ajude”, sendo isso citado em paralelo com o seu ato de armar suas tendas reais entre o grande mar o monte santo da Terra Gloriosa, fica subentendido que ele mirará seus mísseis contra a representação do reino de Deus na terra, levando Jeová a agir contra ele em defesa de seu nome (Daniel 8:25). Isso sugere que o rei do norte será destruído primeiro, sendo seguido pelo rei do sul (Daniel 11:45). Tudo isso está certo? Vejamos.
Babilônia será destruída pela fera e os dez chifres
A profecia em Apocalipse diz, que será a fera cor de escarlate, de sete cabeças e dez chifres, quem destruirá a meretriz que a monta (Apocalipse 17:16). Os dez chifres simbolizam os governos do mundo em sua totalidade. Mas, do jeito como caminham as coisas nessa linha do tempo, onde a Rússia está sendo “posta de lado, isolada de todos os governos”, é incoerente dizer que será ela quem atacará Babilônia, a Grande, de modo que a citação em Daniel 11:44 pode significar que as notícias procedentes do nascente e do norte que perturbarão o rei do norte poderão vir de outro lugar, e ao invés de Babilônia, o foco dele estará no povo de Deus para devota-lo à destruição. Além disso, outra profecia de Apocalipse mostra que os governos da terra, como um todo, estarão unidos em guerrear contra o governo de Deus, e entre esses estará o rei do norte. Veja:
“13 E vi três expressões inspiradas impuras, parecidas com rãs, sair da boca do dragão, da boca da fera e da boca do falso profeta. 14 De fato, são expressões inspiradas por demônios e realizam sinais; vão aos reis de toda a terra habitada, a fim de reuni-los para a guerra do grande dia de Deus, o Todo-Poderoso. 16 E elas os reuniram no lugar que em hebraico se chama Armagedom.” (Apocalipse 16:13,14,16) – TNM 2015.
Se lermos o contexto, veremos que o dragão, Satanás, o Diabo, incita a fera cor de escarlate e o falso profeta a agir contra o povo de Deus após a sexta tigela ser derramada no simbólico rio Eufrates. Ao contrário dos mares, que simbolizam a humanidade alienada de Deus, os rios simbolizam fontes de água vitalizadora que dá vida. (Ezequiel 47:1-10; Apocalipse 22:1,2). Quando a tigela da ira de Deus é derramada sobre esse rio Eufrates, quem fica enfurecido? O dragão. E quem mais? A fera cor de escarlate e o falso profeta. Isso quer dizer, que naquela altura da grande tribulação, o Diabo, a fera cor de escarlate e o falso profeta estarão agindo como fontes de água para a humanidade apartada de Deus, e agindo Deus contra esses elementos profanos, causar-lhes-á ira e furor, movendo-os a agir contra o povo dele. Quando a sexta tigela é derramada nesse rio Eufrates, veja o que acontece:
"O sexto derramou a sua tigela sobre o grande rio Eufrates. E a água dele secou, a fim de que se preparasse o caminho para os reis do nascente do sol." (Apocalipse 16:12) – TNM 2015.
Agora perceba. De onde vêm as notícias que perturbam o rei do norte? Do nascente (leste) e do norte (Daniel 11:44). Assim, se o dragão, a fera e o falso profeta emitirão expressões inspiradas impuras aos reis de toda a terra após a sexta tigela da ira de Deus ser derramada no “rio Eufrates” e isso abre o caminho para os reis do nascente do sol, isto é, Jeová e seu filho Cristo, isso quer dizer que as notícias que perturbarão o rei do norte serão consequências de um ato causado por Deus. Se assim for, cremos que tudo o que vivenciamos atualmente com o caso Rússia Ucrânia não passa de um circo montado como palanque para a implementação de uma ideologia de paz e segurança mundial, mesmo que para isso vidas humanas sejam friamente sacrificadas para dar força a essa farsa operada por um mentor maníaco que manipula títeres humanos dos abismos espirituais da mais profunda escuridão. Por quê? Porque está profeticamente determinado que todos os reinos do mundo atacarão Babilônia, a Grande, e para isso eles precisam estar unidos em um só pensamento (Apocalipse 17:17). Logo, o rei do norte, a Rússia, não ficará de fora disso. Sendo assim, as sanções econômicas dos países aplicadas a ela atualmente são falsas, temporárias e superficiais, e estão dentro de um propósito meticulosamente elaborado já há um bom tempo, às escondidas.
Então, o que serão as notícias que perturbarão o rei do norte? A julgar por essa última interpretação, serão expressões inspiradas impuras que sairão da boca do dragão, da fera e do falso profeta. Qual será o motivo dessas expressões? Um golpe que Jeová irá desferir contra a fera cor de escarlate, isto é, a ONU, no derramar da sexta tigela da sua ira. Como será esse golpe? Vimos que a sexta tigela é derramada no simbólico rio Eufrates e que isso significa que o dragão, através da fera (ONU) e do falso profeta, estarão agindo como fontes de água vitalizadora para a humanidade alienada. Assim, golpear Deus essas águas, ou secar esse rio, significa que ele, de alguma forma, interromperá o fluxo dele, prejudicando gravemente o funcionamento desse órgão profano. Vamos ter que esperar para ver como ele fará isso. Mas esse não é o único motivo. Antes da sexta, a quinta tigela da ira de Deus é derramada sobre o trono da fera (Apocalipse 16:10). Esse é um assunto para um próximo artigo. Mas vale notar que os golpes de Deus contra a fera e seu inteiro sistema político começam a partir da quinta tigela da sua ira, que por sua vez está em consonância com o toque da quinta trombeta do sétimo selo do rolo que está na mão do cordeiro (Apocalipse 9:1).
Nesta análise de Daniel 11:40-45, o que já se cumpriu, e onde estamos na linha do tempo profético? Já se cumpriram os versículos 40 a 42, onde os empurrões entre os reis do norte e do sul acabaram nas maiores guerras que o mundo já viu. Como consequência, o rei do norte invadiu a terra gloriosa, mas poupou as terras pagãs de Edom, Moabe e dos amonitas. Estamos em cumprimento do versículo 43 desde o fim da guerra fria em 3 de dezembro de 1989, com o rei do norte dominando sobre os tesouros ocultos do Egito (rei do sul). Os versículos 44 e 45 terão cumprimento no futuro próximo.
Então, quem escapará das mãos do rei do norte? O povo de Deus certamente escapará. E não será como o escape de Edom, Moabe e a parte principal dos amonitas, cuja “salvação” é temporária e se dá por favoritismo barganhado pela troca de interesses. O rei do norte será frustrado com mão forte ao tentar combater com Deus. Essa ousadia altiva o levará a um triste fim:
“Vou convocar contra Gogue uma espada em todas as minhas montanhas’, diz o Soberano Senhor Jeová. ‘A espada de cada um será contra o seu próprio irmão. 22 Vou trazer o meu julgamento contra ele com peste e derramamento de sangue. Farei cair uma chuva torrencial, pedras de granizo, fogo e enxofre sobre ele, sobre suas tropas e sobre os muitos povos que o acompanham. 23 Eu certamente me magnificarei, me santificarei e me darei a conhecer diante dos olhos de muitas nações; e terão de saber que eu sou Jeová.” (Ezequiel 38:21-23) – TNM 2015.
