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É errado tentar “adivinhar” o dia de Jeová?

Por que as pessoas se interessam em saber quando será o dia de Jeová, ou a volta de Cristo?

Autor Foto: Indicatu
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A adivinhação é uma forma de espiritismo condenada por Deus. Em sua palavra, a bíblia, Ele diz o que pensa e vai fazer com os adivinhos:

“‘Qualquer homem ou mulher que invocar espíritos ou que for adivinho sem falta deve ser morto. O povo deve apedrejá-los até a morte. O próprio sangue deles está sobre eles.’” (Levítico 20:27) – TNM 2015.

Geralmente, quem pratica a adivinhação não faz isso sem uma recompensa ou pagamento pelo serviço:

Portanto, os anciãos de Moabe e os anciãos de Midiã viajaram com o pagamento pela adivinhação nas suas mãos, dirigiram-se a Balaão e transmitiram-lhe a mensagem de Balaque.” (Números 22:7) – TNM 2015.

Quem está por trás dos trabalhos envolvendo toda forma de magia e espiritismo é o próprio Satanás e seus demônios, e por isso a prática da adivinhação, consulta aos mortos, dentre outras, são condenadas por Deus:

Veja! Fui trazido para abençoar; Ele abençoou, e eu não posso mudar isso. 21 Ele não tolera nenhum poder mágico contra Jacó, Nem permite qualquer desgraça contra Israel. Jeová, seu Deus, está com eles, E é aclamado como rei entre eles.” (Números 23:20,21) – TNM 2015

Sendo assim, dizer que um cristão está tentando “adivinhar o dia de Jeová” é o mesmo que dizer que ele faz isso com a ajuda de Satanás. Isso não faz nenhum sentido porque o Diabo não tem apreço pelas coisas de Deus. Pelo contrário. Ele tem desprezo e repúdio, e jamais ajudaria alguém a “saber o dia de Jeová” pela prática da adivinhação. 

Mas alguém pode dizer que a expressão “adivinhar o dia de Jeová” é só uma “maneira de falar”. Só que existem outras maneiras de falar que são cabíveis nessa consideração. Por exemplo, ao invés de dizer que alguém tenta “adivinhar o dia de Jeová”, poderia ser dito: “tentar saber o dia de Jeová”. De modo que, se a colocação do verbo “adivinhar o dia de Jeová”, dirigida a alguém, não tem conotação espírita, seu uso é simplesmente crítico e pejorativo. A intenção é desmerecer e descredibilizar o indivíduo, visto que a prática da “adivinhação”, na esmagadora maioria das vezes, dá errado, e o sujeito, autor do adivinho, é tido como charlatão. Entretanto, se a colocação do termo “tentar adivinhar o dia de Jeová” tem sentido denotativo, tal aplicação tem como propósito condenar o indivíduo, autor de tal adivinho. Visto que Deus não muda e Ele é extremamente ciumento quando o assunto envolve compartilhar a adoração dos seus servos com o Diabo, é incabível a ideia de um cristão se envolver com qualquer prática de espiritismo: 

Vocês não podem beber o cálice de Jeová e o cálice de demônios; não podem participar da “mesa de Jeová” e da mesa de demônios.” (1 Coríntios 10:21) – TNM 2015

De modo que, quem diz que um irmão pratica a adivinhação, sem que esse o faça, condenando-o à morte, visto ser esse o destino dos praticantes do ocultismo (Apocalipse 22:15). Exagero? Não. Palavras têm poder, e elas podem derrubar. 

A queda de Moisés e Arão pelas palavras 

Moisés era o profeta designado por Deus para conduzir seu povo à terra prometida. Mas em um dado momento da sua vida ele falou e fez o que não devia. Diante das queixas dos israelitas por água, Jeová mandou Moisés e Arão fazerem uma coisa. Mas eles fizeram outra: 

Então Jeová disse a Moisés: 8 “Pegue o bastão e reúna a assembleia, você e Arão, seu irmão, e diante dos olhos deles falem ao rochedo, para que dê água; e vocês farão sair água do rochedo para eles e darão de beber ao povo e aos seus rebanhos.” 9 Assim, Moisés pegou o bastão que estava diante de Jeová, conforme ele lhe havia ordenado. 10 Então Moisés e Arão convocaram a congregação diante do rochedo, e ele lhes disse: “Agora ouçam, rebeldes! Querem que façamos sair água para vocês deste rochedo?” 11 Nisto Moisés ergueu a mão e golpeou o rochedo duas vezes com o seu bastão, e começou a jorrar muita água, e a assembleia e seus rebanhos começaram a beber.” (Números 20:7-11) – TNM 2015

Jeová não disse para Moisés “bater” no rochedo, como da outra vez, mas ele bateu ao invés de “falar”. Jeová não disse para ele chamar os israelitas de “rebeldes”, mas ele chamou. Por causa disso, Moisés e Arão perderam o privilégio de entrarem na terra prometida, simplesmente porque falaram e fizeram o que não foram autorizados. A respeito da ordem de Deus de eles “falarem ao rochedo” para que saísse água dele, tem um detalhe interessante. A voz é o principal meio de comunicação entre os humanos e Deus. A comunicação se dá entre “emissor e receptor”. Quando Jeová disse para Moisés “falar” ao rochedo, entende-se que o receptor da mensagem ali seria o rochedo. Mas pedras não ouvem e nem falam, a menos que Deus faça isso acontecer (Lucas 19:40) Acontece que, algumas vezes, Jeová é descrito como sendo “uma rocha” (Deuteronômio 32:4). Assim, quem estava por trás daquele rochedo naquele momento quando Moisés ergueu sua mão e o golpeou com o bastão? Moisés ou qualquer ser humano em sã consciência jamais ergueria a mão para bater em Jeová ou em seu representante angélico. Mas naquele momento histórico, os principais representantes de Deus não pararam para pensar no que estavam fazendo. Aqui aprendemos uma lição de obediência, modéstia e humildade que vale para todos. O povo era rebelde, de fato, mas não cabia a Moisés dizer isso. Naquela ocasião, ele e Arão, como escravos de Deus, deixaram de ser discretos e prudentes porque agiram com falta de fé e não santificaram a Jeová (Números 20:12). 

O peso das palavras 

Naquela multidão de gente liderada por Moisés não havia só rebeldes. Tinha pessoas obedientes também. E qual foi o exemplo que Moisés e Arão deixaram para elas com o caso das águas de Meribá? Que elas também podiam chamar os irmãos hebreus de rebeldes? Que aqueles rebeldes, por se rebelarem vez após vez, estavam condenados? E como “os rebeldes” receberam as palavras de Moisés? Sentiram-se condenados por Deus ou por eles? O caso era sério. Por isso Jeová disse que eles “não o santificaram” naquela ocasião (Números 20:12). A atenção estava neles, ao invés de em Deus. No caso da expressão “adivinhar o dia de Jeová”, é bem parecido, visto que isso abre o leque para uma infinidade e classificações, e até condenações, por parte de alguns receptores da mensagem. Suponha que “o adivinho” do dia de Jeová acerte a especulação. Como ficaria a imagem dele no futuro? “Aquele ali foi o que adivinhou o dia de Jeová”. Mas, e se ele errar, como fica a fama? “Lá vai o adivinho”, ou “lá vai o falso profeta”. E alguns vão além e dão a condenação, fazendo o que Deus ainda não fez ou talvez não fará com o sujeito, por dizer que “ele (o adivinho) nem vai”. Mas as coisas podem ficar ainda piores. 

Acusação de apostasia 

Qualquer pessoa que estuda a bíblia e divulga seus estudos em um site na internet é tido como apóstata por alguns. O termo apostasia vem do grego apostasia e tem o sentido de “deserção, rebelião”. Um dicionário define apostasia como “Renúncia ou abandono de uma crença religiosa”. A questão é: se um cristão é “adivinho”, ele já é um apóstata, pois não há nenhuma parceria entre a luz e escuridão (2 Coríntios 6:14). Acusar alguém de apostasia é muito sério. Satanás é o pai da apostasia. Ele abandonou a Jeová e criou sua própria religião. Na terra, há aqueles que, como Satanás, criam suas próprias religiões e abandonam a adoração verdadeira de Deus, e o futuro desses será o mesmo do Diabo (Apocalipse 20:10,15). É por essas e outras que certos termos não devem ser ditos nem por brincadeira. Certas brincadeiras acabam em morte física, emocional e espiritual. As duas últimas podem culminar na primeira. Não são poucos, no mundo, os que se suicidam por depressão. Os autores de certas brincadeiras também ficam psicologicamente maus quando veem em que resultou a brincadeira ou “a maneira de falar”.  Servos de Deus no passado já foram vítimas desse tipo de acusação, e por causa disso, ficaram impedidos de prestar adoração a Deus. Davi foi um deles: 

Por favor, meu senhor, o rei, escute as palavras do seu servo: Se foi Jeová quem o instigou contra mim, que ele aceite a minha oferta de cereais. Mas, se foram homens que o instigaram, malditos sejam eles perante Jeová, porque me expulsaram, não me permitindo participar da herança de Jeová, e disseram: ‘Vá, sirva a outros deuses!’” (1 Samuel 26:19) – TNM 2015

Davi foi vítima da inveja e do ciúme de pessoas que não gostavam da fama e do destaque que ele adquiriu com seus feitos e conquistas, e por isso deram um jeito de “expulsá-lo de entre os adoradores de Deus”. Ali nós vemos como a liderança do povo de Jeová, às vezes, pode ser mal influenciada. E Saul se denunciou ao admitir que era influenciado por maus conselheiros contra Davi: 

Vão, por favor, e tentem descobrir exatamente onde ele está e quem o viu ali, pois me disseram que ele é muito astuto.” (1 Samuel 23:22) – TNM 2015

“Disseram para Saul” que “Davi era muito astuto”. De fato, ele precisava ser mesmo porque era a vida dele que estava em jogo. Mas o caso aqui são as informações que chegavam ao rei em luz negativa sobre a pessoa de Davi. Hoje não é diferente. Quem acusa um irmão de ser apóstata, sem ele o ser, faz isso com um propósito: denegrir a imagem da pessoa a ponto de ela ser julgada inapta para continuar adorando a Deus junto com o povo dele e ela ser expulsa de lá, e, uma vez fora, ela está suscetível a “adorar outros deuses”. Em outras palavras, quem “faz a caveira do irmão” com base em mentiras ou meias verdades com o intuito de afastá-lo da organização de Deus, faz o mesmo que os maus conselheiros de Saul fizeram com o caso de Davi. A pessoa não é nada daquilo, mas ela é julgada com base “num personagem” criado a seu respeito por caluniadores, fofoqueiros e tagarelas inescrupulosos que não têm nenhum respeito nem consideração pelo próximo.

É errado “tentar saber” o dia de Jeová? 

E então, é errado tentar “adivinhar”, ou, tentar saber, quando será o dia de Jeová? Errado não é, mas é inútil e uma perda de tempo porque “o dia e a hora ninguém sabe” (Mateus 24:36). Aqui na página nunca falamos nem do dia nem da hora. Falamos “de um mês e de um certo ano”. E não foram especulações vazias. Há uma lógica por trás dos estudos que aponta para os anos de 2023 e 2024 como sendo o limite do sistema de coisas, e só o tempo revelará se isso está certo ou errado. Não há nenhuma adivinhação nem qualquer espécie de consulta espírita nesses estudos. Eles são frutos da sinceridade e do interesse pelas pérolas das escrituras sagradas.

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