Os gafanhotos de Apocalipse e as 10 pragas do Egito tem um forte paralelo entre si. Esse é mais um daqueles assuntos que aguçam nossa inteligência. Poderia soar falso iniciar este artigo lisonjeando o Criador destacando as virtudes e qualidades daquilo que Ele é, sempre foi e sempre será. Poderia soar sensacionalista dizer que Deus é superinteligente pelo prisma de uma observação meticulosa daquilo criado por ele porque, isso é inegável. Mas têm coisas que não dá para deixar passar sem uma grata e preciosa observação, pelo grau inenarrável de sabedoria, padrão lógico e inteligência empregada nelas.
Deus é o criador de tudo. Isto é fato. E por mais “natural” que o ciclo da vida seja, é possível ver que o conhecimento empregado por Ele para pôr tudo aqui em funcionamento é assustador. Contudo, a sabedoria e inteligência de Deus não se limita apenas na criação. Ela se encontra de maneira farta também na escrita, e é isso que está em foco neste artigo.
O cumprimento profético
O assunto do momento é ‘o cumprimento de profecias’ marcadas para acontecer no “tempo do fim”. Não o fim do mundo, mas, o fim de um sistema paralelo alienado do originador da vida, instalado no mundo por um deus rival. Para narrar essa história do princípio ao fim, Jeová abriu a caixa do futuro e observou em primeira mão o desenrolar dos fatos com milênios de antecedência, inspirando alguns homens notáveis a coloca-los por escrito. É neste ponto que entra a sabedoria e a inteligência do Criador.
Saber o futuro é o desejo de muitas pessoas, se não o de todas. Sabendo disso, muitos falsos prognósticos saíram pelo mundo a fora oferecendo serviços de previsão do que ainda não aconteceu, mas que vai acontecer na vida das pessoas. Mas apenas o Criador tem essa capacidade.
O segredo profético protegido
Sabendo que o conhecimento do futuro é algo de extremo valor, Deus protegeu as previsões dos eventos futuros, as quais havia ditado para que fossem postas por escrito. E ele fez isso de maneira extremamente inteligente, usando códigos, símbolos proféticos, com o propósito de dificultar seu entendimento. Ele usou até seus próprios atos de julgamentos para servirem de símbolos para outros eventos futuros de sua autoria, e neste ponto entramos com a mais nova informação sobre o que ainda resta acontecer dentro do propósito divino de profecias relacionadas com o fim do velho sistema, a saber: Os gafanhotos e a mensagem de julgamento.
Como obras das mãos de Deus, gostamos de saber o porquê das coisas. Ouvimos falar muito nos ‘gafanhotos do Apocalipse’ e o que eles farão quando forem libertados do abismo. Mas, a pergunta é: Por que Deus usou os gafanhotos como símbolo de um cumprimento profético tão importante? Por que não outra criatura, mas, os gafanhotos, especificamente? Vamos conhecer um pouco sobre os gafanhotos literais.
Gafanhotos
Eles são encarados como uma praga que devora e arruína plantações. Mas eles são muito mais do que isso. Salomão os descreveu como criaturas muito organizadas que, apesar de não terem um líder ou comandante, “todos eles avançam em fileiras”. (Provérbios 30: 27) Aqui já é possível entrarmos com as associações dos gafanhotos em Apocalipse, pois, a julgar pela característica nata dos gafanhotos literais “não terem um rei”, os gafanhotos em Apocalipse são descritos como tendo um rei, o anjo do abismo (Apocalipse 9: 11).
Isso significa que aquilo para o qual eles foram designados a fazer será realizado de maneira altamente coordenada e ordeira. Mas existe outro motivo pelo qual o Criador usou os gafanhotos como símbolos para a futura proclamação da mensagem de julgamento. Pode não parecer, mas existe um paralelo bíblico de entendimento inédito que atesta o motivo pelo qual Jeová decidiu usar os gafanhotos como criaturas simbólicas na proclamação da mensagem de julgamento descritos no capítulo 9 de Apocalipse. Vejamos então o paralelo bíblico.
As 10 pragas do Egito
Estamos interessados na oitava praga do Egito. Ela é a chave para entendermos a razão de Deus usar os gafanhotos para simbolizar a proclamação da mensagem de julgamento no futuro próximo.
Se você estivesse no Egito no ano 1.513 AEC até a sétima praga, o que você veria seria um país inteiro devastado por uma terrível tempestade de água, gelo e fogo misturados. Mas o pior ainda estava por vir. Deus enviou uma praga terrível de gafanhotos que acabou com tudo o que havia sobrado da tempestade. De modo que é fácil concluir que o objetivo dos gafanhotos naquele contexto era “causar a ruína” na derradeira fonte de sustento dos egípcios. Mas talvez você diga: “isso eu já sei”.
Estamos tratando de “paralelos”, e é a partir daqui que tudo começa a ficar ainda mais interessante. Como o assunto envolve ‘padrões lógicos associativos’, números não poderiam faltar. Se você não gosta dos números, mas ama as profecias, sugerimos que comece a gostar, pois eles são inseparáveis dos assuntos mais fascinantes que envolvem as profecias. Para o seu alívio, esse assunto não é dos mais complexos. Existem outros mais profundos, os quais sugerimos que os leiam para um entendimento completo de todos os outros que tratam do tópico dos gafanhotos e da grande tribulação. Então, vamos aos números e às associações.
As 10 pragas do Egito e as 7 trombetas de Apocalipse
Pela ordem, os gafanhotos em Apocalipse saem do abismo após o toque da quinta trombeta. A praga de gafanhotos aplicada por Deus contra o Egito é a de número 8, e aqui está o segredo desta curiosidade. Temos que tomar como guia as 10 pragas do Egito, pois elas ocorreram primeiro e foram o guia usado por Deus para produzir o simbolismo dos gafanhotos em Apocalipse. Então, a regra é voltar 2 casas decimais na escala das dez pragas. Por quê? Porque a praga de gafanhotos é a oitava na escala de 10, deixando uma diferença de duas casas decimais entre ela e o total.
Assim, voltamos duas casas decimais a partir da décima e caímos na casa decimal onde está a praga de gafanhotos, a oitava. Agora, como o padrão é duas casas decimais, voltamos duas a partir da oitava e caímos na quinta casa decimal onde “também há gafanhotos”, só que desta vez na escala das sete trombetas, formando assim a associação lógica. Quando cruzamos essas duas escalas, notamos que os gafanhotos se associam entre elas pelo padrão de duas casas decimais. Pela maneira simplificada, colocamos as duas escalas, a de 7 trombetas e a de 10 pragas, alinhadas da direita para a esquerda, ou, em sentido horário. Surpreendentemente, os gafanhotos ficam emparelhados, alinhados entre as escalas, embora em posições numéricas diferentes, como você verá na animação.
Por que 10 e 7 pragas?
Os números usados para totalizar as escalas também foram escolhidos de modo lógico e inteligente, seguindo um padrão usado pelo Criador em todos os seus atos notáveis. São eles: o número 7 e o número 10, ambos tendo significados importantes no propósito divino. O número 10 é usado para representar a inteireza de um conjunto, a “coisa” na sua forma concluída. Já o número 7 é usado para representar a ‘perfeição’ desse conjunto. Traduzindo: Deus usou a inteireza dos seus atos para julgar o Egito com 10 pragas. As 7 trombetas usadas para julgar o mundo no futuro é, por assim dizer, a perfeição da escala de 10 pragas, visto que ela foi o guia padrão usado por Deus para elaborar o simbolismo das 7 trombetas. Assim, o Criador replicará o julgamento aplicado contra o Egito de modo perfeito no atual velho sistema.
O julgamento dos deuses do Egito
Cada uma das pragas aplicadas pelo verdadeiro Deus contra o Egito representava a humilhação de um deus falso. No entanto, as três primeiras são as mais notáveis. Notáveis pelo fato de que os sacerdotes magos, através de suas artes mágicas conseguiram “copiar” os feitos do Criador até a segunda praga – a praga de rãs. Porém, a partir da terceira praga eles não foram capazes de copiar.
Quando traçamos o paralelo com as sete trombetas, descobrimos algo ainda mais incrível: A execução do julgamento divino exclusivamente aplicados contra Babilônia na grande tribulação, a qual se dará com os toques das três primeiras trombetas. O paralelo existe porque os sacerdotes magos representavam o esquema mitológico da religião falsa operante no Egito. De modo que vencê-los significaria derrota para a religião falsa daquele país.
Os gafanhotos apocalípticos e a praga do Egito
Traçando o paralelo, voltamos 7 casas decimais a partir da décima praga aplicada contra o Egito. Por que 7 casas decimais? Porque é o número total de trombetas que soarão no ano da grande tribulação. Daí, caímos na terceira praga, a praga que os sacerdotes magos não conseguiram copiar e que significou a triunfante vitória de Deus sobre aquela adoração falsa demoníaca.
Resumindo, Jeová venceu a religião falsa do Egito em apenas três golpes. De modo similar, com os toques das primeiras três trombetas, Ele julgará e triunfará sobre Babilônia a Grande, destruindo-a. Após tirar a adoração falsa egípcia do caminho, Jeová seguiu com seu julgamento contra a base governamental daquela potência. O resultado nós sabemos. Da mesma forma, após julgar e destruir Babilônia no início da grande tribulação nos toques das primeiras três trombetas, o Criador seguirá com seu julgamento contra o sistema político deste sistema. Esses atos são representados simbolicamente pelas quatro trombetas restantes que seguem na sequência das três do total de sete.
A seguir, traçamos um resumo enumerado deste estudo para facilitar seu entendimento da animação diagramada mais abaixo. Confira:
O paralelo entre os gafanhotos entre as duas escalas
1° - Tome as 10 pragas do Egito como guia;
2º - Praga de gafanhotos na 8ª posição;
3º - Volte as casas decimais em ordem decrescente a partir da 10ª praga;
4º - Da 10ª à 8ª avança-se 2 casas decimais, formando o padrão;
5º - A partir da 8ª você deve avançar em ordem decrescente 2 casas decimais, seguindo o padrão;
6º - Caímos na 5ª casa decimal;
7º - Agora confrontamos com a profecia das sete trombetas em Apocalipse;
8ª - Temos gafanhotos na 5ª casa decimal;
O paralelo de julgamentos da adoração falsa nas duas escalas
9ª - Agora voltamos 7 casas decimais, tomando como guia as dez pragas do Egito, partindo da 10ª;
10º - Caímos na 4ª casa decimal, restando 3;
11º - Os sacerdotes magos egípcios se opuseram a Deus até 3ª praga;
12º - Agora comparamos com as 3 primeiras trombetas da profecia em Apocalipse;
13º - Logo, temos os julgamentos de Deus contra Babilônia nas três primeiras trombetas;
14º - Como no Egito, Deus vencerá a religião falsa nos primeiros 3 golpes.
Veja no diagrama:
(Diagrama por: Agência Indicatu)
Um outro paralelo entre os gafanhotos da oitava praga e os gafanhotos que sairão do abismo, os cristãos ungidos, refere-se àquilo que eles provocarão na terra naquele ano. Assim como os gafanhotos causaram um grande estrago no Egito, a mensagem a ser proclamada pelos cristãos ungidos na condição de gafanhotos causarão grande “ruína” em toda a terra, visto se tratar de uma mensagem de julgamento.
Qual a relação que essas coisas tem entre si? Percebemos que o Criador seguiu um padrão lógico para elaborar a simbologia profética desses eventos, mantendo-os sincronizados entre si. Nada é por acaso. Tudo tem sua razão de ser, e com as profecias não haveria de ser diferente. Na verdade, elas deveriam e são o exemplo de organização e padrão lógico.
Ao tomar conhecimento disso, ficamos motivados a louvar e exaltar o Criador pela sua indescritível sabedoria.