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A bíblia em análise

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Aqueles dias serão abreviados por causa dos escolhidos

Abreviação dos dias da grande tribulação é garantia de salvação para os que serão marcados para sobreviver

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(Foto: Indicatu Web Notícias)

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Era novembro de 2021 e as aulas de uma escola particular estavam marcadas para começar no início de fevereiro do próximo ano. A dona do estabelecimento resolveu fazer uma reforma pesada na unidade por conta de danos e deteriorações que as estruturas e equipamentos sofreram ao longo do tempo. Por causa disso, ela perdeu muitos clientes. Os pais de muitos alunos tiraram seus filhos dali e os matricularam em escolas novas que havia iniciado suas atividades há pouco tempo na cidade. Então, ela decidiu contratar uma empresa especializada em construções e reformas para repaginar a escola. A empresa deu o orçamento com o preço do serviço e o prazo para a conclusão dos trabalhos: 5 meses. Ela fez orçamentos com outras construtoras, mas o tempo para conclusão da obra foi maior: 7 meses. Ela contatou a primeira construtora para ver se, de alguma forma, poderia reduzir o prazo, e assim, iniciar as aulas na data prevista. O responsável pela construtora garantiu que sim, mas, para isso, seria necessário aumentar o quadro de funcionários, o que elevaria o custo do orçamento. Ela aceitou a proposta, confiando no sucesso que seria a nova unidade, com base na apresentação da modelagem em 3d que uma agência de publicidade havia elaborado para a execução do projeto. O contrato foi fechado, os serviços foram concluídos antes do prazo previsto, e a escola teve seu funcionamento sem problemas na programação.

Na situação acima, a empreendedora estava com um problema. Ela tinha um prazo, uma data para iniciar as aulas, que não batia com o prazo da reforma por esta ultrapassar a data de início das atividades da unidade de ensino. A solução foi abreviar, encurtar o prazo da reforma acelerando a mão de obra, um ajuste que elevou o custo do orçamento. Mas ela viu o lado positivo e constatou que as vantagens superavam os custos e decidiu apostar na ideia.

Na experiência em questão, abreviar significou duas coisas: elevar e reduzir. Se isso é um padrão imutável para a abreviação de qualquer coisa, os gráficos irão mostrar. Neste exemplo, foram elevados: ‘o quadro de funcionários da construtora e o valor do orçamento’. O propósito do ajuste era ‘reduzir a quantidade de dias da reforma para se encaixar com a data de início das aulas’. A dona da escola tinha uma meta que precisava ser alcançada porque seus temores já estavam se materializando. Com estruturas e equipamentos defasados, alguns até apresentando riscos para os alunos, ela perdeu clientes. Se continuasse como estava, seria obrigada a encerrar suas atividades.

Jesus também falou de uma “abreviação de dias” que terá de ser feita. Nesta, não é uma carteira de clientes que está em jogo, mas, vidas preciosas. Mesmo assim, o escopo é parecido com a ilustração mostrada no início. Há uma meta que foi criada para solucionar um problema perigoso que ameaça um objeto de valor. No caso da professora, esse objeto era sua escola e tudo o que ela representava, os funcionários, os alunos e a história criada resultante do convívio de longos anos de trabalho. No segundo caso, é a criação de Jeová, a vida dos seres humanos que está em risco, e a meta que ele estabeleceu para salvar sua criação é encerrar os trabalhos de uma grande tribulação antes do prazo previsto. Para entendermos do que se trata, vejamos o texto na íntegra. Diz:

De fato, se não se abreviassem aqueles dias, nenhuma carne seria salva; mas, por causa dos escolhidos, aqueles dias serão abreviados.” (Mateus 24:22) - TNM 1986.

De quais Dias Jesus estava falando? Dos dias da grande tribulação. Veja:

pois então haverá grande tribulação, tal como nunca ocorreu desde o princípio do mundo até agora, não, nem tampouco ocorrerá de novo.” (Mateus 24:21) - TNM 1986.

No primeiro texto há uma informação importante que nunca foi notada, pelo menos até agora. Qual é? Jesus fala de “escolhidos” e da salvação da “carne”. Os dias da grande tribulação serão abreviados para a salvação da carne, isto é, dos escolhidos. Quem são eles? Não são os cristãos ungidos. Por quê? Porque “carne e sangue não entram nos céus” (1 Coríntios 15:50). Sabemos que a esperança dos ungidos é celestial, onde serão reis e sacerdotes junto com Cristo (Apocalipse 5:9,10). Logo, “a carne”, ou seja, “os escolhidos” que hão de ser salvos da grande tribulação, são pessoas de esperança terrestre, escolhidas dentre a carne – a humanidade -, condenada à destruição. Mas não é só isso. Note que Jesus diz que, se os dias da grande tribulação não fossem abreviados, “nenhuma” carne seria salva. Vimos que os “escolhidos” que serão salvos são “parte da carne”, parte da humanidade. O que isso quer dizer? Quer dizer que alguma coisa estaria colocando em risco real e fatal “toda” a humanidade. De forma indireta, isso nos dá a garantia de que a grande tribulação não será causada por Deus. Por quê? Porque Ele não causaria algo que colocasse em risco a sua criação como um todo. Ao invés disso, ele será o autor de um ato de julgamento que vai desencadear esse evento (Apocalipse 17:16,17). Veja o caso do Dilúvio. Jeová mexeu no projeto criativo da terra, removendo as águas acima dos céus, para prejudicar o governo do Diabo enquanto ele durasse (Gênesis 7:4). Aquilo foi um evento de impacto global que afetou toda a humanidade, mas, os escolhidos, uma parte da carne, foi salva. O propósito ali foi “salvar a humanidade”. A grande tribulação será o inverso disso. O objetivo dela é “matar toda a humanidade”, conforme é dito no texto (Mateus 24:22). Mas isso não está de todo certo. Por quê? Ora, se a grande tribulação será uma ameaça para toda a humanidade, soa “injusto” salvar alguns e destruir a maioria, correto? Não. Por quê? Por causa disto:

20 Mas as outras pessoas que não foram mortas por essas pragas não se arrependeram das obras das suas mãos; não pararam de adorar os demônios e os ídolos de ouro, de prata, de cobre, de pedra e de madeira, que não podem ver, nem ouvir, nem andar. 21 Elas não se arrependeram dos seus assassinatos, nem das suas práticas de ocultismo, nem da sua imoralidade sexual, nem dos seus roubos.” (Apocalipse 9:20,21) – TNM 2015.

De modo que, pelo visto, Deus estará julgando o mundo como um todo, mas, por ódio, o Diabo se aproveitará da situação para destruir toda a humanidade, tanto a que está condenada, quanto a que foi escolhida para ser salva.

Mas, surge uma questão. Se Jeová pode, e vai, ressuscitar seus servos leais, por que abreviar os dias da grande tribulação para salvar a carne? Suponha que você plante um jardim com flores silvestres raras. Durante um tempo, você colhe algumas sementes, só por garantia. Então, surge uma praga no jardim que começa a matar as flores. Você está preocupado. Mas o vizinho diz: “você não tem as sementes das flores? Por que se preocupar? É só plantar de novo”. Mas, há dois problemas nessa sugestão. O primeiro é que, se você não resolver o caso das pragas, as sementes que serão plantadas estarão em perigo. O segundo é que, como dono e zelador do jardim, deixar as pragas ameaçando as flores restantes seria um ato de descaso, desleixo e desprezo com as flores ainda vivas. De modo que você age depressa e acaba com as pragas de uma vez. Limpar e proteger o seu jardim, pra você, foi uma questão de amor e zelo. É por isso que Jeová abreviará os dias da grande tribulação. Salvar seus servos leais dela, pra Ele, será uma questão de amor, zelo, honra, poder e autoridade, além de cumprir a sua própria palavra, que, por sinal, não volta a ele sem resultados (Isaias 55:11). Veja:

9 Depois disso eu vi uma grande multidão, que nenhum homem era capaz de contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de compridas vestes brancas, e havia folhas de palmeiras nas suas mãos. 13 Em vista disso, um dos anciãos me disse: “Quem são esses que vestem compridas vestes brancas, e de onde vieram?” 14 Assim, eu lhe disse imediatamente: “Meu senhor, é o senhor quem sabe.” Ele me disse: “Esses são os que saem da grande tribulação; eles lavaram suas vestes compridas e as embranqueceram no sangue do Cordeiro.” (Apocalipse 7:9,13,14) - TNM 2015.

Essa explicação nos dá a garantia de que nenhum dos servos leais de Deus morrerá durante a grande tribulação. Isso não é uma garantia de homens, mas do próprio Deus. Quando ele diz que “aqueles dias serão abreviados por causa dos escolhidos”, entende-se que “todos” os escolhidos, sem exceção, serão salvos. E quem serão eles? Ezequiel dá uma pista:

Jeová disse a ele: “Percorra a cidade, percorra Jerusalém, e marque com um sinal a testa dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as coisas detestáveis que estão sendo feitas na cidade.” (Ezequiel 9:4) – TNM 2015.

Naquela altura da grande tribulação, somente os de coração justo serão capazes de suspirar e gemer por causa das coisas detestáveis que serão feitas ali, talvez como nunca antes. Por esse motivo, as pessoas odiarão os proclamadores da mensagem de julgamento que anunciará o repentino fim de todos os pecadores não arrependidos (Apocalipse 16:10,11).

Como os dias serão abreviados?

Pelo visto, será como nos dias de Ester, a rainha. Ocorreu que Hamã, alguém a quem o rei persa Assuero havia promovido a uma posição superior até mesmo à dos demais príncipes da Pérsia, bolou uma trama para exterminar todos os judeus no império de Assuero por causa do seu ódio por Mordecai, um judeu, tio de Ester, que se recusava a curvar-se diante dele (Ester 3:5,6). Ele conseguiu convencer o rei Assuero a emitir um decreto para que todos os judeus fossem mortos em uma certa data. O decreto foi emitido no dia 13 do primeiro mês, nisã, e o dia marcado para o extermínio foi o dia 13 do décimo segundo mês, o mês de adar dos judeus, ou, 28 de janeiro do nosso calendário (Ester 5:13). Mas a situação foi revertida assim que a trama de Hamã foi exposta pela própria rainha, vítima daquela conspiração (Ester 7:3-6). De modo que, um novo decreto, emitido por Ester e Mordecai no dia 23 de sivã, o terceiro mês dos judeus, equivalente a 7 de junho do nosso calendário, dava aos judeus o direito de se defenderem do extermínio decretado por Hamã, marcado para acontecer dali a 9 meses (Ester 8:7-9). Esse decreto, a bem dizer, abreviou os dias do extermínio judeu. Para todos os efeitos, a salvação deles se deu no dia em que Ester e Mordecai escreveu e emitiu o novo decreto às províncias onde os judeus habitavam. Aquele ato abreviou os dias do extermínio judeu por não deixar que aquilo ocorresse. Jeová frustrou os planos de Satanás, impedindo que eles seguissem o seu curso. Mas, de certa forma, o sofrimento dos judeus começou assim que o primeiro decreto chegou nas províncias. O relato diz que houve choro e muito lamento nas comunidades judaicas onde o decreto era lido (Ester 4:3). Era como se uma grande tribulação tivesse começado pra eles naquele dia, apenas aguardando a sentença final que se daria dali a 12 meses.

Pelo visto, é possível que os governos atuais façam esse tipo de decreto para exterminar o povo de Deus no futuro próximo. É nesse ponto que entra a abreviação dos dias. Sabemos que há um limite, um dia estabelecido por Deus para destruir esse sistema iníquo (Mateus 24:36). Seguindo por essa linha de entendimento do que ocorreu com os judeus nos dias de Ester, o decreto estabelecido pelos governos da atualidade para aniquilar o povo de Deus estará além do dia marcado por Ele para julgar o mundo. É desse modo que ‘aqueles dias serão abreviados’.

É esperado que a grande tribulação ocorra a qualquer momento a partir de setembro deste ano. Os cálculos proféticos apontam para 1 ano de distúrbios sociais nunca antes vistos, uma situação que ameaçará a vida de todos na terra. Mais uma vez, a mão divina será o verdadeiro amparo protetor dos mansos e obedientes, qualidades necessárias para a nossa sobrevivência e o passaporte de entrada para o novo mundo. Essa certeza tem esta promessa como garantia:

Seja corajoso e forte. Não tenha medo nem fique apavorado diante delas, pois Jeová, seu Deus, é quem marcha com você. Ele não o desamparará nem o abandonará.” (Deuteronômio 31:6) – TNM 2015.

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