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A bíblia em análise

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Se fizestes a um dos mínimos dos meus irmãos, a mim o fizestes

A identidade dos ungidos - quem são eles e como isso nos afeta

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(Foto: Edição por Indicatu )

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Enquanto assistia ao programa de um dos congressos das testemunhas de Jeová, um jovem comia a sua pipoca embaixo das árvores na ala da assistência, atento aos discursos do programa, até que um senhor se sentou ao seu lado e eles começaram a conversar. O jovem, gentilmente, ofereceu pipoca ao homem, que aceitou, e continuaram a conversa. Após um tempo, o homem se levantou e foi até a área externa do estádio onde estavam os vendedores ambulantes de pipoca e comprou dois saquinhos, um para ele e outro para o jovem. Olhando para o lado, o rapaz viu o senhor voltando com os saquinhos de pipoca nas mãos e com um sincero olhar de bondade. Sorrindo, o homem deu o saquinho de pipoca ao jovem, que ficou surpreso com a atitude. No outro dia, o jovem soube que aquele senhor era um homem de posses e se emocionou ao recordar do momento vivido no dia anterior. Ele mal podia imaginar que aquele pequeno gesto de bondade seu, materializado em um saquinho de pipoca, o faria amigo de alguém especial até então desprezado pelas aparências.

As pessoas geralmente costumam mostrar bondade na esperança de receber algo em troca. É fácil ser generoso e gentil quando se conhece alguém e sabe que há a possibilidade de se ser restituído, talvez até além do que se deu. Aquele senhor poderia ter recebido um saquinho de pipoca de qualquer outra pessoa dentre as centenas que estavam ali naquele evento se não fosse sua aparência, e diante do fato ocorrido ele jugou pura e verdadeira a postura do rapaz em mostrar generosidade a alguém que mal conhecia. Esse fato nos mostra que, tanto a atitude do jovem, quanto a recíproca daquele senhor foram motivados por sentimentos e valores nobres, coisas simples, mas que dão à vida um certo sentido e um toque de felicidade. É seguindo por essa linha que entramos na consideração do tema deste artigo: fazer o bem aos irmãos de Cristo é o mesmo que fazê-lo a ele mesmo.

As palavras de Jesus em Mateus revelam coisas que até então passavam despercebidas de nós. Vejamos o texto na íntegra. Diz:

34 “O Rei dirá então aos à sua direita: ‘Venham vocês, abençoados por meu Pai, herdem o Reino preparado para vocês desde a fundação do mundo. 35 Pois fiquei com fome, e vocês me deram algo para comer; fiquei com sede, e vocês me deram algo para beber. Eu era um estranho, e vocês me receberam hospitaleiramente; 36 estava nu, e vocês me vestiram. Fiquei doente, e vocês cuidaram de mim. Eu estava na prisão, e vocês me visitaram.’ 37 Então, os justos lhe responderão: ‘Senhor, quando foi que o vimos com fome e o alimentamos, ou com sede e lhe demos algo para beber? 38 Quando o vimos como um estranho e o recebemos hospitaleiramente, ou nu e o vestimos? 39 Quando o vimos doente ou na prisão e fomos visitá-lo?’ 40 O Rei lhes dirá, em resposta: ‘Eu lhes digo a verdade: O que vocês fizeram a um dos menores destes meus irmãos, a mim o fizeram.’”  (Mateus 25: 34-40) – TNM 2015.

Aqui podemos sentir o peso do velho ditado “fazer o bem sem olhar a quem” em seu grau absoluto. O segredo desta fala de Jesus está nas perguntas que os justos farão a ele quando ele se manifestar naqueles dias para dar a recompensa a cada um conforme as suas obras, e a xarada vem no versículo 40, que diz: “O que vocês fizeram a um dos menores destes meus irmãos, a mim o fizeram”.

A fala dos Justos e de Cristo nesse texto sugere que a identidade de alguns ungidos seria um segredo, uma incógnita, pois a bondade feita a essas pessoas seria algo espontâneo e verdadeiro que não levaria em conta as aparências ou o status teocrático do indivíduo. Os justos praticariam esses atos de bondade a elas como se estivessem demonstrando amor ao próximo na forma cristã conforme ordenado por Cristo no segundo maior dos mandamentos, a saber: “amar o próximo como a si mesmo”, independente de quem seria o alvo da hospitalidade. Isso se comprova nas palavras do apostolo Paulo. Veja:

Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por meio dela alguns, sem o saberem, hospedaram anjos.” (Hebreus 13:2) – TNM 1986.

Os ungidos ainda vivos na terra não são anjos, mas serão espíritos nos céus quando receberem sua recompensa celestial. Qualquer ato de bondade demonstrado ao menor deles agora será contado por Jesus como sendo um ato de amor feito a ele mesmo, e quem o fizer não ficará sem sua recompensa. Ele até listou alguns desses atos hospitaleiros: “um prato de comida, um copo d’água, uma cama e um colchão, uma muda de roupa, cuidados médicos, visitas na prisão”, dentre outros que ele não mencionou. O que quer que seja, por mais simples que for o ato de amor demonstrado ao menor dos irmãos de Cristo, não ficará sem recompensa.

Conforme dito, o segredo está nas perguntas dos justos sobre em que momento da vida eles praticaram atos hospitaleiros ao próprio Jesus, que considerará como feitas si próprio as ações de bondade dispensada a seus irmãos. A identidade desses ungidos é um segredo porque, se os justos os reconhecessem, não faria sentido eles perguntarem para Jesus “quando eles o trataram de modo bondoso e hospitaleiro”. Isso serve também para nos motivar a sermos bondosos com todos, independente de quem são as pessoas, pois, nesse meio tempo, poderemos estar agindo com bondade com alguém a quem Deus e seu filho têm em alta conta.

O contrário também é verdadeiro. Haverá os que, não só irão se negar a demonstrar bondade aos irmãos de Jesus, como também, serão os causadores de maldades feitas a eles. Esses também terão sua recompensa conforme as suas ações. Nabal, esposo de Abigail, foi um que teve a oportunidade de demonstrar hospitalidade a alguém a quem ele não conhecia. Sobre esse alguém, ele disse de modo insensato:

“Quem é Davi e quem é o filho de Jessé? Hoje em dia há muitos servos que fogem dos seus senhores. 11 Por que eu deveria pegar o meu pão, a minha água e a carne dos animais que abati para os meus tosquiadores e dar a homens que nem sei de onde vieram?” (1 Samuel 25:10) – TNM 2015.

Respondendo à pergunta de Nabal sobre “quem era Davi”, a bíblia diz:

“O livro da história de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão”. (Mateus 1:1) – TNM 2015.

Lembre-se de que Jesus Cristo foi levantado dentre os mortos e era descendente de Davi, segundo as boas novas que prego”. (2 Timóteo 2:8) – TNM 2015.

Jesus era descendente de Davi. Assim, ele era herdeiro tanto legal quanto natural do trono de Davi. E falando sobre o poder desse trono, a bíblia diz mais:

“Jeová declarou ao meu Senhor: “Sente-se à minha direita, até que eu ponha os seus inimigos debaixo dos seus pés.” (Salmo 110:1) – TNM 2015.

De fato, Nabal não sabia quem era Davi. Ele teve a chance de saber, mas por causa do seu espírito não hospitaleiro, ele a desprezou e pagou com a própria vida por isso (1 Samuel 25:38).

A história só tem o seu valor depois que ela é escrita. Os relatos que lemos hoje na bíblia foram momentos vividos por pessoas que sequer imaginavam que as experiências vividas por elas seriam algum dia colocadas por escrito no livro de Deus, e foi isso o que aconteceu. Do mesmo modo, Jeová está escrevendo hoje um livro de recordação para os que o temem e que pensam em seu nome (Malaquias 3:16). A nossa vida agora será a nossa história escrita de amanhã que será lida por bilhões de pessoas do passado, presente e futuro. Esse é um privilégio que Jeová quer nos dar, mas que Satanás quer tirar de nós. Os planos dele não serão bem sucedidos. O futuro do Diabo será o mesmo do seu mundo. Eles passarão, mas nós teremos outro destino:

Além disso, o mundo está passando, e também o seu desejo, mas quem faz a vontade de Deus permanece para sempre.” (1João 2:17) – TNM 2015.

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hospitalidade, irmãos de Jesus, ungidos

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