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A bíblia em análise

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Por que Deus não destruiu a árvore da vida e o jardim do Éden?

A árvore da vida e o Jardim do Éden cumpriram um propósito

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Foto: Elo7

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Deus não destruiu a árvore da vida e o jardim do Éden depois do pecado de Adão e Eva. Ao invés disso, ele expulsou o casal do Éden e pôs ao leste do jardim dois anjos querubins com uma espada de fogo giratória guardando o caminho para a árvore da vida afim de que Adão e Eva e seus descendentes não tivessem acesso a ela (Gênesis 3:24). Isso é bastante curioso e interessante porque, se Adão e Eva não podiam mais ter acesso ao Éden e à árvore da vida, por que então Deus manteve o Éden ativo, e mais, pôs dois anjos guardando somente a árvore da vida? Vejamos.

Na maioria das empresas é comum nos depararmos com uma porta e um cartaz escrito nela: “acesso restrito”, ou “somente pessoas autorizadas”. No caso dos bancos, em algumas de suas repartições, há um guarda a postos à entrada da porta para impedir o acesso indevido de pessoas não autorizadas ao recinto. Foi esse o caso do Éden quando Deus pôs anjos guardando o caminho para a árvore da vida? Qual a mensagem que Jeová queria passar para Adão e Eva e seus descendentes ao manter o Éden ativo com anjos bloqueando o acesso para a árvore da vida?

Se nos colocarmos no contexto fica fácil entendermos aquele ato divino. Ora, quando Deus expulsou Adão e Eva do Éden, ele os colocou em uma nova realidade. Ao invés de árvores frutíferas em abundância, eles agora comeriam o pão no suor do seu rosto e trabalhariam arduamente no solo para produzir o seu próprio alimento (Gênesis 3:19, 23). E assim, à medida em que os dias e os anos passavam, Adão e Eva tinham diante de si o testemunho real daquilo que eles haviam perdido, de como era boa a vida que tinham e que jogaram fora por causa de um só ato de desobediência. Isso era humilhante e vergonhoso porque os descendentes deles testemunhavam isso junto com eles enquanto sentiam a dor de uma vida dura e suada, cuja culpa era dos próprios pais. Mas não é só isso.

A manutenção do jardim do Éden, por Deus, tinha outro propósito. O Éden não era um lugar pequeno. Era grande. O relato diz que um rio nascia nele e se dividia em quatro rios, sendo o Eufrates um deles (Gênesis 2:10-14). É possível, então, que o Éden fosse do tamanho de uma cidade grande como São Paulo, ou talvez maior. Mas agora, para os humanos pecadores não autorizados a entrar no Éden, a realidade era dura e dava muito o que pensar. O que eles diziam dos anjos que guardavam o caminho para a árvore da vida? A árvore da vida, com certeza, mexia muito com a imaginação deles. Era como se fosse algo com superpoderes que daria a eles a imortalidade. E era mesmo. Na verdade, era isso o que Jeová queria dizer, e foi por isso que ele manteve o Éden ativo. A mensagem que ele queria passar para a humanidade ao deixar o Éden existir era: “esse é o meu propósito e somente os obedientes farão parte dele. A vida eterna é uma garantia minha e vou dá-la aos merecedores”.

Isso não é utopia. Na verdade, a árvore da vida passou do sentido literal para o simbólico, mas com os mesmos poderes, isto é, dar a vida eterna a quem Deus julgar merecedor (Apocalipse 2:7; 22:2).

Outra curiosidade sobre a árvore da vida é onde ela havia sido plantada. O relato diz que tanto a árvore da vida quanto a árvore do conhecimento ficavam no centro do jardim (Gênesis 2:9). Mas foi no Leste do jardim que Deus pôs os anjos protetores do acesso à árvore da vida. O Leste também foi a localização onde Deus plantou o jardim “no” Éden. O Éden não era o jardim, e sim uma região onde nela o jardim de Deus foi plantado (Gênesis 2:8). Parece então que havia uma estrada principal de acesso ao jardim no Leste do Éden, e foi nesse ponto que Deus pôs os anjos guardando o acesso para a árvore da vida (Gênesis 3:24). O Leste é o ponto cardeal do nascer do sol. É citado em profecias importantes (Apocalipse 16:12). A associação da árvore da vida com o Leste é um caso a se pensar, pois “os reis do Nascente do sol” são Jeová e Jesus, e a vida eterna vem deles.

Enquanto envelheciam, Adão e Eva sentiam o peso do pecado e da desobediência em suas costas. Diante deles, a árvore da vida, que reluzia à noite ao brilho incandescente dos anjos e da espada que a guardava. A esperança estava ali, mas não era para eles; e eles sabiam disso. Para quem seria? Quem comeria do fruto da árvore da vida? Adão e Eva não viveriam para ver. Ao invés disso, tudo o que podiam ver era as consequências do seu pecado, com seus filhos envelhecendo e outros sendo assassinados (Gênesis 4:8, 23, 24). O destino de Adão e Eva era a morte, sem esperança de ressurreição. A vida terminava para eles que, outrora perfeitos, agora definhavam quais pecadores. Mas a árvore da vida continuaria lá mesmo após a morte deles como o símbolo da vida eterna, a vida guardada para os descendentes de uma outra mulher (Gênesis 3:15; Apocalipse 12:1, 2).

Mas o Éden e sua árvore da vida não permaneceram para sempre. Eles cumpriram o propósito divino até séculos depois da morte de Adão e Eva para só então sumirem da vista de gerações quase milenares, a descendência rebelde de Adão e Eva varrida no Dilúvio. Pode-se dizer, assim, que, em meio a uma geração rebelde, a árvore da vida foi a primeira testemunha de Jeová da história. Ela foi mantida e preservada ali para transmitir uma mensagem: a esperança de vida eterna dada por Deus!

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