A década de 90 foi bastante eufórica em Jequié, a cerca de 380/km da capital baiana, Salvador. Era boneca que crescia e arranhava o rosto das meninas, mulher de branco e até cadeirudo. O cadeirudo foi mais recente.
Circulou entre os munícipes jequieenses, por volta da já citada data, os comentários de uma mulher, cujos pés eram ‘forcados’, iguais aos de uma Cabra - talvez algum tipo de sapato usado pela autora das ações, que imitava de forma idêntica os pés do animal - que atacava os populares. Relatos de ataques assustadores despertaram um toque de alerta psicológico entre os moradores que evitavam ficar nas ruas a partir das 20:00h da noite.
Segundo informações colhidas por nossa reportagem, os ataques aconteciam apenas à noite, a partir das 19:00h. A dita “Mulher do Pé de Cabra” era alta, de cabelos longos, desaparecia do nada e sua preferência era por outras mulheres.
Dizem os relatos que as mulheres atacadas pela 'Mulher do Pé de Cabra' eram mordidas no pescoço e posteriormente violentadas por ela. Já os homens eram surpreendidos com violência pela “criatura”.
O boato se espalhou rapidamente pela cidade de 162 mil habitantes, despertando em todos um sinal de alerta e curiosidade. Há quem diz que chegou a até mesmo a armar campana para descobrir e deter a tal mulher.
Porém, o tempo foi passando e os ataques cessaram. A polícia não conseguiu descobrir se, de fato, os ataques foram reais ou se se tratava apenas de uma brincadeira. As conversas continuaram por alguns meses, até cair no esquecimento.
Devido à falta de elucidações concretas, o caso ficou estigmatizado como uma lenda urbana, uma brincadeira, ou invenção de alguém que apenas queria pregar peças na comunidade.
Se você é dessa época e morou em Jequié, provavelmente deve ter ouvido falar desse assunto. Se por acaso se lembrar do caso, deixe sua opinião nos comentários.
Agência Indicatu – SP/BR – 03/04
Reportagem: Silvio Ramos