Adolescente sobrevive a tortura com golpes de martelo após se fingir de morto
Autores saíram para comprar gasolina e atear fogo no corpo do rapaz
O crime aconteceu na cidade de Nova viçosa, quando um adolescente de 17 anos combinou com Clériston Melo Gomes para a compra de uma arma de fogo.
Segundo informações da polícia civil, a vítima teria dito que precisava da arma para se proteger de ameaças por causa de um namoro e então contatou o Clériston por telefone para a aquisição da arma.
Clériston, o dono da arma, teria combinado com mais dois jovens para armar a emboscada. Um deles, Fábio Ferreira de Souza, teria recebido a função de ficar escondido para agir sob os sinais do Clériston. O local escolhido para o encontro foi em uma área deserta. Ao chegar no local para compra e entrega da arma, o autor responsável pelo crime chamou a vítima para fumar um cigarro, após essa ter lhe entregado o dinheiro, R$ 700,00, valor estipulado para venda do produto.
Desconfiado, visto que pagou mas não teria recebido a arma, o adolescente acompanhou Clériston, o qual sinalizou para o Fábio, saindo este do esconderijo e estrangulando a vítima pelas costas, para que o Clériston e o seu irmão, também de 17 anos, agredissem o jovem. Eles usaram um martelo para dar golpes na cabeça e na garganta do adolescente. O delegado Marco Antônio Neves informou que até uma chave de fenda foi usada na tortura para golpear a vítima na garganta. Não aguentando mais, o jovem se fingiu de morto, e teve sua respiração aferida pelos autores com uma lanterna de um celular.
Em seguida, os autores amarraram o adolescente em uma arvore para comprar gasolina e atear fogo no “corpo”. A intensão deles era matar o rapaz. Quando viu que o trio havia saído, o adolescente conseguiu se desamarrar e fugiu para pedir ajuda. Ao chegar à casa de um homem, foi socorrido e levado para o Hospital Municipal de Teixeira de Freitas, onde ficou internado em estado grave sob o risco de morte.
Denunciados, os três foram presos, sendo que os dois maiores confessaram o crime e chegaram a dizer para o delegado Marco que teriam armado a emboscada “para o adolescente deixar de ser bobo”. Já o irmão do Clériston, de 17 anos, negou que esteve no local do crime. Depois disso ele mudou sua versão e disse que teria ido ao local, mas que ficou apenas observando a ação. Porém, foi desmentido pela vítima e também pelos dois maiores, mentores do crime.
O jovem agredido foi levado para o estado do Espirito Santo para continuar o tratamento, visto que os traumas ocasionados pela emboscada podem deixar sequelas. Os autores do crime, Clériston e Fábio foram encaminhados ao presídio de Teixeira de Freitas, aguardando julgamento. Após ser confirmada a participação do menor no crime, o delegado comunicou o fato ao Ministério Público e aguarda as medidas cabíveis pelo órgão.
Agência Indicatu – SP/BR – 27/04
Texto: Da redação
Fonte: G1