A repercussão do caso de uma campanha de terror acionada pelo governo russo para perseguir as testemunhas de Jeová levantou o estado de alerta da grande mídia internacional mais uma vez, que se diz impressionada com a postura dura e o tratamento parcial e vexatório dispensado aos membros do grupo pelo governo russo no início deste mês (06).
Grandes jornais e revistas como The New York Times, The Washington Post, NewsWeek, ELPAÍS e até a agência Reuters reportaram para o mundo o absurdo tratamento que o governo Putin tem dado aos cristãos pacíficos testemunhas de Jeová.
Entre os assuntos de pauta das reportagens, lideram uma carta de desespero escrita à CEDH (Comissão Europeia dos Direitos Humanos) por dezessete esposas de testemunhas de Jeová presos injustamente sob o pretexto de extremismo religioso. Um outro assunto que é manchete nos jornais de vários países são as constantes batidas policiais na calada da noite nas residências dos cristãos que estão sendo selvagemente perseguidos como se fossem criminosos.
E não é só isso. Celulares dos religiosos estão sendo grampeados para rastrear os passos dos cidadãos perseguidos, com o fim de inviabilizar e dissolver pequenas reuniões de amigos de até três ou cinco pessoas. Há também relatos de que, tal qual nos tempos idos da dissolvida União Soviética, os membros do grupo religioso estão sendo seguidos por agentes à paisana do serviço de inteligência russo, gerando incômodos e situações de desconfortos para servir de precedente “válido” de se efetuar detenções e julgamentos viciados.
Ironicamente, historiadores e estudiosos russos relatam que, caso as testemunhas de Jeová não sejam restabelecidas, todas as religiões na Rússia terão de ser banidas à luz do entendimento de extremismo religioso descrito pelos critérios usados para dissolver todas as entidades legais ligadas às testemunhas de Jeová, visto que o conteúdo religioso utilizado e disseminado pelo grupo também é de uso das outras religiões, as quais encabeçaram o movimento discriminatório para estigmatizar as testemunhas.
A gestão Putin tornou a imagem da Rússia em um dos países mais impopulares e mal vistos do mundo apesar do disfarce midiático, seguido da Coreia do Norte, Somália e Afeganistão, em termos de democracia e liberdade religiosa nos últimos dois anos.
Agência Indicatu SP/BR – 22/06
Texto: Da redação